
Franca não é conhecida somente pelo seu jeitinho mineiro, acolhedor, por sua paixão pelo basquete e pela produção de calçado. A cidade também recebeu pessoas de várias nacionalidades. Além das vindas dos imigrantes italianos, espanhóis, sírios e libaneses, a França exerceu influência em território francano graças ao Estevam Leão Bourroul, o francês da Franca.
Nascido em 18 de maio de 1856, em Nice, e filho de Matilde Cason Bourroul e Camilo Bourroul, Leão iniciou os seus estudos no Liceu Imperial da sua cidade natal e, posteriormente, mudou-se para o Brasil com a sua família.
Bourroul graduou-se em Direito pela FDUSP (Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo) em 1881, ano em que se naturalizou brasileiro após o seu juramento prestado em 14 de maio. Era famoso por reunir diversas habilidades, exercendo as funções de advogado, jornalista, político, historiador e magistrado.
A relação com Franca
Estevam apresentou-se para o cenário político como “autonomista católico” e foi eleito deputado provincial, em 28 de novembro de 1881, como representante do 9° distrito, do qual Franca fazia parte. A diferença é que não obteve esse resultado nas eleições provinciais de 1883.
Leão viveu em Franca de 1882 a 1886. Neste período ocupou cargos de advogado da Câmara, de membro do Conselho Municipal de Instrução Pública, da elaboração do anteprojeto do Código de Posturas e de juiz municipal.
Bourroul ganhou repercussão com os lançamentos dos jornais “A Justiça” e “Correio da Franca”, veículos em que sempre aparecia com o seu pseudônimo “Iskander”.
De volta para São Paulo em 1886, cumpriu com as suas atividades de secretário da província até 1889, triênio em que dedicou-se à área da cultura e, também, contribuiu para a fundação do IHGSP (Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo). Ainda desenvolveu estudos sobre Frei Caetano de Messina (1879), Perfis Contemporâneos (1890), Perfis Presidenciaes, o Dr. Ricardo Gumbleton Daunt (1900) e Um Heroe da Sciencia Hercules Florence (1901).
Estevam Leão Bourroul foi casado com Maria de Glória Rodrigues de Vasconcelos, que nasceu em Taubaté (SP) e descendente do Amador Bueno, o “Aclamado”, e faleceu em 28 de agosto de 1914 na capital paulista. Há uma rua no centro de Franca com o seu nome.
Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.
Comentários
2 Comentários
-
Jorge 16/04/2024Franca, a 200 anos a mesma província. Sem estrutura e sem interesse de crescer. Uma cidade com potencial para ser a melhor cidade do interior do Brasil para se viver, se tornando a mais perigosa. Mas é compreensível, principalmente quando ainda vemos comentários de pessoas que demonstram querer aparecer.
-
Edson Gustavo Galão 14/04/2024Boa tarde! Quando vão falar sobre a família Secchi em franca? Meus parentes estão nessa terra há pelo menos 125anos.