RELIGIÃO

Nossos Talentos

Por Monsenhor José Geraldo Segantin | Especial para o GCN/Sampi Franca
| Tempo de leitura: 2 min

É dia do Senhor e oportuno para ouvir a Palavra de Deus. O assunto deste domingo diz respeito à obrigação de todo cristão desenvolver ativamente um serviço, um ministério dentro da sua comunidade.

Primeira Leitura: Provérbios 31.
A leitura de hoje propõe um trecho, no qual se revela uma exaltação maravilhosa da mulher.

Antes de tudo ela é uma mulher de valor: faz a felicidade do seu marido, na família difunde paz, serenidade e harmonia.

Depois, é laboriosa. Não fica de mãos inativas nem se perde em conversas vazias, mas se agita para que na sua casa nada falte.

A terceira característica é a de ter um coração generoso. Comove-se diante das necessidades dos pobres e os socorre.

A quarta e última característica é a de ser uma pessoa religiosa, cumpridora dos mandamentos de Deus.

Segunda Leitura: 1ª Carta aos Tessalonicenses 25.
Já dissemos no domingo passado que em Tessalônica havia muita inquietação: os cristãos tinham certeza de que o fim do mundo e a volta do Senhor estivessem para acontecer brevemente.

O que é importante diz Paulo não é conhecer o dia e a hora, mas não se deixar envolver pelas trevas do mal. Desde o dia do próprio Batismo os cristãos se tornaram filhos da luz e filhos do dia, e não podem, portanto, se deixar surpreender como quem vive no escuro e está entontecido pelo sono.

Evangelho: Mateus 25.
O homem do qual fala a parábola é um senhor oriental muito rico. Um talento não é uma quantia pequena: corresponde ao salário de vinte anos de trabalho de um operário.

O senhor rico é Cristo que, antes de deixar este mundo para entrar na glória do Pai, deixou todos os seus “bens” aos discípulos.

O tempo de espera durante o qual os talentos devem produzir frutos, é o que transcorre da Páscoa até a volta de Cristo no fim do mundo. Trata-se, portanto, do tempo da Igreja.

Os servos são todos os membros das comunidades cristãs.

Em que consiste a riqueza entregue aos servos? Trata-se de tudo aquilo que Jesus deixou para a sua Igreja: antes de tudo o Evangelho, a sua mensagem de salvação, em seguida o Batismo, a Eucaristia e todos os sacramentos, o poder de curar, de consolar, o seu amor pelos pobres, para com os que sofrem na vida.

A comunidade cristã organiza a sua vida, cresce, se desenvolve, produz uma profunda transformação no mundo, enquanto o seu Senhor não está visivelmente presente. Ele deixou este mundo e voltou ao Pai. Agora cabe aos seus discípulos trabalharem para que tudo o que ele lhes confiou produza frutos abundantes.

Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio

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