
Ituverava tem a maior média de idade entre os 23 municípios da Região Administrativa de Franca. Enquanto o país envelheceu 6 anos desde 2010, chegando a 35 anos em 2022, a cidade de 37,5 mil habitantes já alcança 39 anos, como apontam dados do Censo Demográfico 2022 foram publicados nesta segunda-feira, 30, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Aramina e Buritizal também aparecem com 39 anos. Apesar de empatadas na idade mediana, Ituverava lidera como cidade “mais velha” por ter 86,5 de índice de envelhecimento. Já os outros dois municípios aparecem com 81,3 e 86,2, respectivamente. Esse índice mede o número de idosos a cada 100 crianças.
O envelhecimento é o resultado da população vivendo mais pela melhoria na qualidade de vida, aliado a menos crianças nascendo. “O que se observa ao longo dos anos, é redução da população jovem, com aumento da população em idade adulta e também do topo da pirâmide até 2022”, analisa a gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, Izabel Marri.
No outro lado da tabela, Jeriquara – município de 3,8 mil habitantes – aparece com menor média de idade, com 33 anos, e 42,69 idosos a cada 100 crianças. Completam o pódio: São José da Bela Vista, com 33 anos; e Ribeirão Corrente, com 34.
E Franca? A cidade polo da região aparece apenas na 11° posição. Com 352,5 mil habitantes, o município das Três Colinas tem idade mediana de 36 anos, e índice de envelhecimento de 65,03.
Dos 23 municípios da Região Administrativa de Franca, são dois municípios com 33 anos; um com 34 anos; cinco com 35 anos; cinco com 36 anos; dois com 37 anos; cinco com 38 anos; e três com 39 anos.
O Estado de São Paulo aparece com média de 38 anos.
Confira as médias divulgadas pelo IBGE por cidade da região:
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Comentários
2 Comentários
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Homero Santiago 01/11/2023E uma característica comum à todas essas cidades é que elas viraram ilhas cercadas por um grand3 oceano de canaviais. A economia cresce mas os que se beneficiam dela são alguns poucos, ninguém quer ter responsabilidades de criar filhos, isso dá despesas, os casais preferem morar em casas cada vez menores, ter uma vida de consumo só para eles e passar a vida como pombos em pombais com comida mais ou menos garantida, um carrinho na garagem, ou uma moto, algum módico conforto, algum prazer anual de viagem e turismo e tá bom assim. Filhos, mais que um, só atrapalha isso que está acontecendo. É por isso que casas populares passaram a ser a escolha popular, um canto pra viver, comer, beber, dormir, acasalar e assistir TV a cabo, tomar cerveja e fazer um churrasco de vez em quando, todo resto é um luxo que eles nem ambicionam mais.
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Pedro Antônio 01/11/2023Estudo mostram que o envelhecimento de uma sociedade se deve mais à decisão do casal de ter só um, ou nenhum filho, do que pela longevidade dos indivíduos. Aínda que, essa decisão dos casais é, principalmente, por causa das dificuldades econômicas de sustentar, mesmo que em condições mínimas, o custo de uma criança. Quem conhece Ituverava sabe que há cinquenta anos atrás a economia da cidade era agrária e rural de subsistência das famílias, não produziam dinheiro, mas produziam comida, essas famílias não ti ham quase nada mas tinham o que comer, era uma economia de subsistência. E o que é hoje??, Ituverava se tornou uma cidade cercada por um mar de cana que só é interessante à alguns poucos produtores de álcool e açúcar, o povo de lá não tem mais os recursos que dispunha pra garantir o sustento de uma prole maior. E isso vai piorar cada ano mais, até que um dia a cidade, que já não se expandir, a população não aumenta, vai começar a diminuir e até a área urbana do município seja também ela engolida pela maré avassaladora dos canaviais. Esse será tbm o futuro de Guará, Aramina, Igarapava, Miguel polis, Ipuã.... e isso já está acontecendo, quem tem olhos que veja.