RELIGIÃO

Seduzidos por Cristo

Para cumprir a vocação que Deus nos chama, é necessário fazer uma entrega total a Ele, sem restrições. Leia o artigo do monsenhor José Geraldo Segantin.

Por Monsenhor José Geraldo Segantin | 03/09/2023 | Tempo de leitura: 2 min
Especial para o GCN

Pixabay

Para cumprir a vocação que Deus nos chama, é necessário fazer uma entrega total a Ele, sem restrições.

Primeira Leitura: Jeremias 20.
É raro encontrar na Bíblia expressões de desespero tão violentas como as que encontramos na leitura de hoje. São de Jeremias, o profeta que confiou em Deus, que acreditou nele e que obteve, como resultado, somente dissabores, contrariedades, perseguições. Agora ele não aguenta mais, reclama do fracasso da sua missão e se queixa com o Senhor.

Jeremias é convocado por Deus para denunciar a desastrosa condição à qual está reduzido o povo, e para ameaçar com a iminente destruição, se não houver uma imediata conversão ao Senhor.

Os inimigos de Jeremias conseguem até provas suficientes para acusá-lo no tribunal. Mandam prendê-lo, batem nele, abrem um processo contra ele, mas o profeta consegue defender-se e acaba sendo absolvido.

Eis como se sente Jeremias neste momento: abandonado por Deus, sozinho contra todos, objeto de escárnio e violência por parte do povo.

A experiência de Jeremias se repete em todas as pessoas que se deixam seduzir por Deus e aceitam cumprir uma grande missão na sua vida.

Segunda Leitura: Romanos 12.
Qual o interesse que Deus pode ter com nossas celebrações litúrgicas se não forem acompanhadas por obras de caridade? Já o disseram os profetas e o repete Jesus por várias vezes: Deus quer obras de amor, não práticas de culto.

As primeiras palavras da leitura de hoje nos lembram de que as solenes liturgias do templo foram substituídas por uma nova maneira de louvar a Deus: o sacrifício da própria vida oferecida para os irmãos.

Esta afirmação de Paulo é muito importante. Se as nossas liturgias não forem a celebração de uma vida de amor, a nossa religião é completamente vazia, sem conteúdo, simples exterioridade, formalismo inútil.

Evangelho: Mateus 16.
No domingo passado Pedro proferiu uma maravilhosa profissão de fé em Cristo.

A primeira parte do Evangelho de hoje começa apresentando Jesus que se desvela para corrigir imediatamente esta mentalidade. Não quer que ninguém o acompanhe ao balanço de vãs ilusões.

Afirma que está para subir a Jerusalém, não para tomar o poder, mas para dar a vida.

Esta primeira parte do Evangelho é um chamado a repensar o nosso modo de sermos cristãos.

Na segunda parte do Evangelho Jesus apresenta as condições para segui-lo.

Eis agora as duas condições que são propostas: renegue a si mesmo e tome a sua cruz.

Comecemos pela primeira. Algumas Bíblias propõem a seguinte tradução: Se alguém me seguir, deixe de pensar em si mesmo. Esta tradução reproduz melhor o sentido das palavras do Mestre.

A segunda condição: “tome a sua cruz”.

A cruz é a meta de todo o caminho de Jesus, é a expressão máxima do seu amor. Tomar a sua cruz quer dizer seguir o caminho que ele percorreu, dar a vida para os seus mesmos ideais, enfrentar, se necessário, até a perseguição e a morte para permanecer fiéis ao Evangelho.

Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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