RELIGIÃO

Água da Eternidade

Conforme o tempo passa, Jesus nos auxilia com seus ensinamentos a buscar a fonte da vida que não termina. Leia o artigo do monsenhor José Geraldo Segantin.

Por Monsenhor José Geraldo Segantin | 12/03/2023 | Tempo de leitura: 2 min
Especial para o GCN

Reprodução/Pixabay

Estamos vivendo o terceiro domingo da Quaresma. Conforme o tempo passa, Jesus nos auxilia com seus ensinamentos a buscar a fonte da vida que não termina. Vejamos a Palavra de hoje.

Primeira Leitura: Êxodo 17.
Após a saída do Egito e a passagem do Mar Vermelho, o povo de Israel, guiado por Moisés, começa a viagem para atravessar o deserto do Sinai e chegar à terra prometida. O início desta viagem foi glorioso.

Depois começaram as dificuldades: o calor sufocante do deserto, o cansaço, as serpentes, a fome e, sobretudo a sede.

Quando os israelitas percebem que não há água, têm medo de morrer, duvidam da fidelidade de Deus às suas promessas.

A experiência de Israel que sai do Egito se repete na vida de todo cristão.

Note-se que no texto deste dia Deus não reage com castigos ao desafio que o povo lhe lança. Ele conhece a fragilidade e as dificuldades dos seus filhos. Sabe que existem situações nas quais é muito difícil para o homem continuar acreditando.

Segunda leitura: Romanos 5.
Em meio às dificuldades e incertezas da vida, podemos chegar ao ponto de pensar que Deus nos tenha abandonado e que a nossa esperança não tenha nenhuma base sólida.

Paulo nos ensina que a nossa esperança não está fundada nas nossas boas obras, mas no amor de Deus. Este amor não é fraco, nem inconstante, nem inseguro como o nosso.

Deus é diferente de nós. Deus ama os homens também se são seus inimigos.

A nossa esperança, diz Paulo, nunca será em vão, não porque nós somos bons, mas porque Deus é bom.

Evangelho: João 4.
Antigamente o poço era o lugar onde as pessoas se encontravam.

A Bíblia relata muitos desses encontros junto ao poço.

O Evangelho deste domingo nos conta um destes encontros, que tem como protagonista Jesus e uma mulher da Samaria.

Jesus, cansado da viagem, senta-se junto ao poço, à espera dos seus discípulos que foram comprar alimentos no vizinho povoado de Sicar. É meio-dia quando chega uma mulher para buscar água e Jesus lhe pede de beber.

O espanto dessa mulher é muito grande. Pelo sotaque percebe imediatamente que aquele que lhe dirige a palavra é um odiado galileu. Como se atreve a pedir água a uma samaritana?

Passemos agora ao tema central do diálogo entre Jesus e a samaritana. Os discípulos foram à procura do alimento material. A mulher também veio buscar água material. A estas pessoas Jesus tem para oferecer um alimento e uma água que eles não conhecem.

A água do poço é o símbolo de todas as satisfações, de todos os prazeres que o homem procura avidamente, na esperança de encontrar neles a própria felicidade, mas que no fim deixam sempre muito vazio e muita desilusão muito amargor na boca.

A água viva que Jesus promete é de outra espécie, é o espírito de Deus, é aquele amor que enche os corações; quem se deixa guiar por este Espírito encontra a paz e não precisa de mais nada.

Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

Fale com o GCN/Sampi! Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Receba as notícias mais relevantes de Franca e região direto no seu WhatsApp
Participe da Comunidade

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.