RELIGIÃO

Maria, Mãe de Deus

No primeiro dia do ano, a Liturgia da Igreja nos ajuda a encontrar a ternura e a ajuda de Nossa Senhora. Leia o artigo do monsenhor José Geraldo Segantin.

Por Monsenhor José Geraldo Segantin | 01/01/2023 | Tempo de leitura: 2 min
Especial para o GCN

No primeiro dia do ano, a Liturgia da Igreja nos ajuda a encontrar a ternura e a ajuda de Nossa Senhora e se torna um convite a sermos seus devotos.

Desde criança se aprende o valor da devoção à Mãe de Jesus. Sempre se encontra alguém por perto que nos fala desta “Senhora que encanta”.

Li num livro a seguinte frase: “Nós somos mais felizes do que a Virgem Maria porque Ela não teve uma Nossa Senhora para amar”; esta encantadora expressão é de Santa Terezinha.

Outro grande testemunho encontramos em São Maximiliano Maria Kolbe, ao dizer: “meus queridos filhos, se desejais viver e morrer felizes, esforçai-vos em aprofundar o amor filial à vossa mãezinha do céu”.

O que é “devoção a Nossa Senhora?”

A resposta é simples: é a doação total de si mesmo a Nossa Senhora. A palavra “devoção” significa, pois, “doação”, ou melhor, “dar-se”.

A minha devoção a Nossa Senhora deve consistir na “doação de mim mesmo a ela”, ou seja, faço a ela o dom de mim mesmo.

A devoção mariana comporta também a “consagração” pessoal a Nossa Senhora.

Quem nos ofereceu o maior exemplo de devoção a Nossa Senhora foi o seu próprio filho: Jesus.

Também nós somos filhos de Maria, como Jesus. Nós, filhos por graça; Jesus, filho por natureza.

Não podemos nos assemelhar a Jesus se não amamos a sua Mãe, ou seja, não posso ser frio diante de Maria.

A doutrina da Igreja Católica considera a devoção a Nossa Senhora moralmente necessária ao cristão.

Se nosso modelo de amor a Nossa Senhora é Jesus, não é necessário preocupar-se com o risco de amar demais Maria, pois, por mais que quiséssemos exceder, até enlouquecer de amor por ela, todos os excessos e as loucuras nada representariam diante do amor infinito de Jesus para com sua mãe.

É verdade que somos pobres na vida espiritual e que a nossa devoção é bem pequena. É sempre necessário se esforçar para sermos “Jesus para Maria”.

 “Ser Jesus para Maria” se dá na medida que crescemos na vida de oração, na medida em que servimos o próximo e nos tornamos, a seu exemplo, preocupados com as necessidades do próximo.

Entretanto, há uma verdade que não podemos esquecer: a finalidade principal da devoção a Nossa Senhora não é ela mesma, mas é Jesus.

O caminho da devoção mariana é: ir a Jesus com Maria e em Maria.

A verdadeira devoção a Maria não diminui o nosso amor a Cristo, mas, o aperfeiçoa, enchendo de alegria e de júbilo o seu coração de filho.

Um filho espiritual pediu ao Santo Padre Pio de Pietrelcina: “Padre, ensinai-me um atalho para chegar a Deus”. Padre Pio lhe respondeu: “Meu filho, o atalho é a Virgem Santíssima”.

Abençoado ano 2023 com a presença de Nossa Senhora.

Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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