RELIGIÃO

Ainda não é o fim

Com estas palavras animadoras e cheias de esperança o Senhor fala conosco por meio da sua Palavra que será proclamada. Leia o artigo do monsenhor José Geraldo Segantin.

Por Monsenhor José Geraldo Segantin | 13/11/2022 | Tempo de leitura: 2 min
Especial para o GCN

Com estas palavras animadoras e cheias de esperança o Senhor fala conosco por meio da sua Palavra que será proclamada nas missas deste domingo. Vejamos o seu significado.

Primeira Leitura: Malaquias 3.
O profeta Malaquias vive numa época muito difícil para o povo de Israel. Já se passaram muitos anos desde que os exilados voltaram da Babilônia, mas a situação não está nada boa e eles estão desanimados.

Faltam as coisas mais indispensáveis: a comida, a roupa, terra para cultivar, uma casa para morar com a família. Há todos os motivos para perder a confiança em Deus e, de fato, alguns começam a manifestar em altas vozes a própria desilusão e a própria raiva: “É trabalho perdido servir a Deus dizem que ganhamos com a obediência às suas ordens e com as procissões de luto diante do Senhor dos exércitos?".

Malaquias ouve estas queixas, mas não fica indignado. Entende que quando as pessoas estão com o coração profundamente amargurado falam deste modo. Elas não estão precisando de repreensões, mas de palavras de conforto e de esperança.

Segunda Leitura: IIª Carta aos Tessalonicenses 3.
Na comunidade de Tessalônica estavam se difundindo alguns boatos perigosos: alguns cristãos fanáticos afirmavam que este mundo estava quase chegando ao fim e que Jesus estava prestes a voltar para dar início a um mundo novo, a uma humanidade nova.

A situação se tornava cada vez mais preocupante e escandalosa e Paulo teve que intervir.     

Depois de ter apresentado o exemplo de sua própria vida, Paulo lembra aos tessalonicenses um provérbio popular. “Quem não quiser trabalhar, não tem o direito de comer” e mais uma vez lembra aos cristãos a necessidade de dedicar-se ao próprio trabalho.

Evangelho: Lc 21.
Quando ocorrem perturbações políticas, guerras, quando se alastram a fome, as epidemias, as injustiças, quando a situação de miséria se torna insuportável, facilmente se espalham no meio do povo boatos sobre o fim do mundo.

Lucas escreve o seu Evangelho mais ou menos cinquenta anos depois da morte e ressurreição de Jesus, e nesses cinquenta anos aconteceram fatos terríveis. Houve guerras, revoluções políticas, catástrofes; o templo de Jerusalém foi destruído, os cristãos são vítimas de injustiças e de perseguições.

O Evangelho de hoje quer dar uma resposta a estas falsas expectativas. “é necessário que isto aconteça primeiro, mas não virá logo o fim”.

O mundo novo já começou, mas a sua manifestação será lenta e penosa. A sua aparição será semelhante a um parto e acontecerá na dor. O fim do reino do pecado não deve ser confundido com a destruição da terra na qual vivemos. As verdadeiras preocupações dos cristãos devem ser outras; por exemplo, saber o que se deve fazer hoje, manter-se vigilante para estar pronto para acolher o Senhor, em qualquer hora.

Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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