A grande prova desse amor é o perdão que Deus oferece hoje na sua Palavra. Veja que maravilha:
Primeira leitura: Êxodo 32.
Os povos do antigo Oriente eram agricultores e criadores de gado. Sua religião incluía cerimônias nas quais predominava a figura do touro. Eles acreditavam que, celebrando ritos mágicos com este animal, símbolo da força e da fecundidade, as colheitas iriam ser abundantes e os rebanhos iriam se multiplicar.
Nós também, como os israelitas, fazemos praticamente a mesma coisa. Ao ouvirmos a palavra de Deus, sentimo-nos impelidos a segui-la com entusiasmo. Mas, poucos dias ou talvez poucas horas depois, tudo volta a ser como antes.
A primeira parte da leitura de hoje nos fala da indignação de Deus diante desta infidelidade.
A segunda parte da leitura (vv. 11-13) nos apresenta a oração de Moisés.
Moisés, meigo, fala com doçura, e Deus, encolerizado, precisa ser acalmado.
Segunda Leitura: 1ª Carta a Timóteo 1.
Temos alguma prova que nos permita afirmar que Deus não condena ninguém? Com certeza! Na passagem da primeira Carta a Timóteo, que hoje nos é proposta, Paulo nos apresenta uma, indiscutível.
Paulo afirma que Deus se serviu dele como exemplo para mostrar como é grande a sua magnanimidade. Se alguém como ele, inimigo da fé, o primeiro entre os pecadores, conseguiu misericórdia, poderá alguém ter ainda medo de que Deus o trate com severidade?
Evangelho: Lucas 15.
No Evangelho deste domingo nos são propostas as chamadas parábolas da misericórdia: “A ovelha desgarrada e a moeda perdida”.
O objetivo de Jesus não é o de converter os pecadores.
O que Ele quer que todos entendam é que começou uma festa e é esta festa, preparada para as pessoas indignas, que revolta os “justos”. A atitude de Jesus, que dá acolhida aos pecadores e come com eles, revela uma face de Deus que os fariseus não podem aceitar: é escandalosa.
Em comparação com a parábola da ovelha, aparece, nesta, um elemento novo: a descrição muito viva da preocupação da mulher e do seu esforço para localizar a moeda, acende a lanterna, varre a casa e procura com toda a diligência. É a imagem de Deus que não se resigna a perder uma só das suas criaturas (o número dez indica a comunidade inteira) e que não se senta à mesa do banquete eterno, senão depois que o último dos seus filhos tenha entrado em casa.
Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.
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