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RELIGIÃO
Mensagem de alegria
A alegria não se resume a uma boa gargalhada, fruto de um momento especial, mas, a alegria anunciada pela Palavra é duradoura. Leia mais no artigo de Mons. José Geraldo Segantin.
Por Mons. José Geraldo Segantin | 12/12/2021 | Tempo de leitura: 2 min
especial para GCN
Participando da celebração eucarística no terceiro domingo do Advento (hoje), ouviremos, nos trechos da Palavra de Deus, a mensagem da Alegria!
A alegria não se resume a uma boa gargalhada, fruto de um momento especial, mas, a alegria anunciada pela Palavra é duradoura.
Primeira Leitura: Sofonias 3
“Aí de Jerusalém, cidade rebelde! Seus chefes estão no meio dela como leões que rugem; seus juízes são como lobos da noite.
Que fazer em tal situação? Sofonias não encontra alternativas: começa por ameaçar catástrofes.
Depois, eis que surge a profecia relatada em nossa leitura. Dirigindo-se ao seu povo, proclama: “Exulta de alegria, filha de Sião; alegra-te e rejubila de todo o teu coração!” “Não temas, Sião, não se enfraqueçam os teus braços!”
A “ira de Deus” não se desencadeia contra o pecador, mas contra o pecado. Deus não castiga os homens. São os próprios homens que, praticando o mal, castigam-se a si mesmos.
Segunda Leitura: Filipenses 4
Quando Paulo escreve sua carta para a comunidade de Filipos, encontra-se em Éfeso, na prisão, perseguido por causa do Evangelho. Teria, pois, todos os motivos para estar abatido, mas, no entanto, na sua carta volta, como um refrão, o convite para a alegria.
Aparece pela primeira vez, após uma breve consideração sobre a sua condição de prisioneiro: ainda que tivesse que dar a minha vida pela vossa fé, escreve ele aos filipenses, eu me sentiria feliz e me alegraria.
Evangelho: Lucas 3
A primeira parte do Evangelho de hoje apresenta três grupos de pessoas que procuram o Batista para receber esclarecimentos concretos. Perguntavam-lhe: “O que devemos fazer”?
O que o Batista exige das pessoas que vão pedir uma orientação não está de forma alguma nesta linha. Ele não aconselha nada de especificamente “religioso”.
Ao povo diz: “Quem tem duas túnicas dê uma a quem não tem, e quem tem o que comer faça o mesmo”.
A seguir apresentam-se a João os publicanos. Quem são estes cavalheiros?
A estes o Batista pede para que não abusem do próprio cargo para explorar os mais pobres e indefesos.
Os últimos que procuram o Batista para pedir sua orientação são os soldados.
Os soldados, naquela época, eram mal remunerados. O que faziam, então? Estando armados, aproveitavam-se para maltratar as pessoas, abusavam das moças, extorquiam dinheiro e obrigavam os mais fracos a executar tarefas muito pesadas e humilhantes, convocavam os pobres lavradores e os obrigavam a carregar fardos muito pesados. A estes o Batista pede que não maltratarem ninguém e que se conformem com seus salários.
Na segunda parte do Evangelho de hoje o Batista retoma sua linguagem costumeira, dura, severa, quase intolerante.
Parece que aos pecadores ele não deixa oportunidade alguma de dançar e de alegrar-se: a ruína eterna os espera.
Mons. José Geraldo Segantin é pároco da Paróquia Santo Antônio
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