Conhecer Jesus

O desejo dos gregos deve ser o nosso desejo também, saber quem é Jesus, não de forma teórica, mas crendo na sua pessoa que quer transformar a nossa vida.

Por Mons. José Geraldo Segantin | 21/03/2021 | Tempo de leitura: 3 min
Especial para o GCN

O desejo dos gregos deve ser o nosso desejo também, saber quem é Jesus, não de forma teórica, mas crendo na sua pessoa que quer transformar a nossa vida. 

Primeira Leitura: Jr 31

Nessa leitura é apresentado um dos trechos mais famosos de todo o Antigo Testamento: o anúncio de que Deus um dia estabelecerá uma nova aliança com o seu povo.

A situação qual esse oráculo é pronunciado é a seguinte: depois dos tétricos anos do longo reinado de Manassés, caracterizado pela corrupção religiosa, torna-se rei Josias. È ainda uma criança, mas, ao crescer, revela-se um homem muito piedoso e inicia uma profunda reforma religiosa. Jeremias vive nesse período, dá a impressão de estar observando em silêncio o que acontece, mas percebe-se claramente que está de acordo com as escolhas do jovem soberano.

Despertam-se em todos as esperanças adormecidas de um renascimento espiritual e, por que não, também político da nação. Israel poderia voltar a ser um povo unido e poderoso, como nos tempos de Davi e Salomão.

Quando se realizará essa profecia? Se a lei de Deus estivesse gravada no coração de todos os homens, o mundo se transformaria num paraíso: todos seriam bons e, como diz a leitura, o Senhor seria o seu Deus, isto é, desfrutariam de prosperidade e de paz. Mas o mundo no qual vivemos não é assim... e então?

Segunda Leitura: Hb 5

A carta aos Hebreus afirma categoricamente que Jesus não fingiu ser homem, é um homem de verdade e  passou através de todas as dificuldades e tentações que cada um de nós deve enfrentar. A única diferença é que ele nunca se deixou vencer pelo mal e se manteve sempre fiel ao Pai, ao passo que nós, muitas vezes, fraquejamos. 

O trecho de hoje se detém, sobretudo, na reação experimentada por Cristo diante do sofrimento e da morte; ele sentiu o que todo ser humano experimenta nestas situações.

Dirigiu-se ao Pai, pedindo-lhe que o ajudasse. Jesus não permaneceu no céu, contemplando as angústias dos homens; tornou-se seu companheiro de viagem, percorreu por primeiro o caminho difícil da humilhação e da morte. É por essa razão que o discípulo pode confiar nele quando lhe dirige o convite para segui-lo.

Evangelho Jo 12

O episódio narrado no evangelho de hoje aconteceu poucos dias antes dos acontecimentos da última Páscoa de Jesus.

Um grupo de grego, isto é, um grupo de estrangeiro que se tinham convertido à religião judaica tinha ouvido falar de Jesus e queria encontra-lo. Recorreu então a Filipe, este falou com André e os dois levaram a solicitação a Jesus.

Para poder entender é preciso lembrar, antes de tudo, que para João “ver Jesus” não quer dizer contemplá-lo com os olhos, mas quer dizer conhece-lo em profundidade, descobrir quem ele é realmente. O grupo dos gregos, portanto, não deseja saber quais as feições que Jesus tem, se é alto, se usa barba, se é simpático: o que lhes interessa é muito mais; querem penetrar no íntimo da sua pessoa. 

Esses gregos antes eram pagãos, adoravam os ídolos, entregavam-se a práticas supersticiosas; um dia, porém, conheceram o Deus de Abraão, acreditaram e aceitaram a religião hebraica.

Por ocasião da Páscoa, subiram até Jerusalém para rezar, para encontrar-se com Deus e para descobrir o que ele quer ainda deles. No templo eles tomam consciência que ainda não alcançaram o patamar espiritual para o qual o Senhor os convoca. Sentem que Deus quer que se dirijam a Cristo.

Eles não se dirigem diretamente a Jesus, mas passam pelos seus discípulos, porque esta é a única possibilidade que existe para poder encontra-lo. E não recorrem a qualquer um dos apóstolos, mas se dirigem a Filipe e André, os únicos entre os 12 que têm um nome grego e por isso os consideram mais apropriados para servir como mediadores.

O grupo dos gregos que quer ver Jesus representa todos os pagãos que querem conhecer Cristo.  

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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