Salvos em Cristo

Vivendo os ensinamentos do quarto domingo da Quaresma aprendemos, por meio da Palavra de Deus, que o peso dos pecados da humanidade se tornaram leves na Salvação de Cristo, pela Cruz.

Por Mons. José Geraldo Segantin | 14/03/2021 | Tempo de leitura: 3 min
especial para o GCN

Vivendo os ensinamentos do quarto domingo da Quaresma aprendemos, por meio da Palavra de Deus, que o peso dos pecados da humanidade se tornaram leves na Salvação de Cristo, pela Cruz.

Primeira leitura: 2Cr 36

Os homens dos tempos passados pensavam que Deus concederia as suas bênçãos àqueles que observassem os mandamentos, e que enviaria infortúnios a quem não obedecesse.

Ao lermos os livros das Crônicas nos damos conta que o autor pensa exatamente dessa maneira. No trecho que hoje nos é proposto encontramos um exemplo claro.

O que o autor (com sua linguagem antiquada) nos apresenta como um castigo de Deus não é outra coisa senão aquilo que acontece automaticamente ao homem sempre que envereda pelo caminho do pecado; provoca a ruína de si mesmo e dos outros.

A história de amor entre Deus e o homem nunca termina com uma condenação. Da mesma forma que os israelitas infiéis, o homem que se afasta de Deus se mete em complicações, torna-se escravo dos próprios ídolos, mas Deus nunca o abandona.

Não há masmorra tão tétrica e não há situação tão tenebrosa que estejam fora do alcance da bondade de Deus. Não há correntes tão resistentes que possam impedir a força do seu amor onipotente.

Segunda leitura: Ef 2.

Para entender essa leitura é preciso ler os versículos que a precedem. O segundo capítulo da carta aos cristãos de Éfeso começa apresentando, com expressões muito dramáticas, a situação do homem pecador. Afirma que é um rebelde que segue seus instintos e suas paixões, provocando a própria ruína e a própria infelicidade.

O homem não consegue sair dessa situação desesperadora. Deus, porém, rico de amor e misericórdia, intervém para libertá-lo: ressuscita-o com Cristo para uma vida nova.

Essa salvação não é concedida ao homem por causa dos seus méritos; trata-se de um dom completamente gratuito do Pai. Por esta razão ninguém pode vangloriar-se do bem que encontra dentro de si e nem, muito menos, pode desprezar quem ainda não abriu seu coração a uma graça tão abundante.

Evangelho: Jo 3.

A primeira parte do Evangelho deste dia evoca um fato dramático, ocorrido ao povo de Israel durante a travessia do deserto. A viagem era muito árdua, faltavam alimentos e água, fazia um calor insuportável e mais, a um certo ponto, eis que surge uma nova dificuldade: as serpentes venenosas que mordiam e matavam muitas pessoas. Não sabendo mais o que fazer, Moisés dirigiu-se ao Senhor e lhe ordenou construir uma serpente de bronze e erguê-la num poste.

Jesus se refere a esse episódio e o interpreta como um símbolo daquilo que está para lhe acontecer. Ele também será levantando na cruz, e todos aqueles que o contemplarem encontrarão a salvação para sua vida.  

Olhar para Jesus levantando quer dizer, ensina-o o evangelho de hoje, acreditar nele, isto é, aceitar com fé a mensagem que ele, do alto da cruz, dirigi para todos os homens. Com o seu supremo gesto de amor ele declara que a única maneira de realizar a própria vida é a de doá-la por amor, como ele fez. Crer não quer dizer pronunciar com os lábios as fórmulas do Credo, mas identificar a própria vida com a de Deus, isto é, vive-la a serviço dos irmãos. Este é o único caminho para conseguir a salvação.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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