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O Esplendor de Cristo
Por Mons. José Geraldo Segantim | 28/02/2021 | Tempo de leitura: 2 min
Especial para o GCN
O Segundo Domingo da Quaresma traz no Evangelho a transfiguração de Cristo no Monte Tabor.
A Transfiguração é como que a antecipação da Glória da sua Ressurreição. Meditemos sobre a glória do Senhor.
Primeira Leitura: Gn 22.
Os primeiros dois versículos desta leitura levantam imediatamente um problema: Como é possível que Deus peça a um homem que sacrifique seu próprio filho?
O ensinamento dessa passagem, porém, se refere à fidelidade de Abraão. Ele acreditou cegamente em Deus: abandonou a terra, renunciou à segurança que encontrava na sua própria casa e à proteção que lhe era proporcionada pela família e pela tribo à qual pertencia.
Segunda leitura: Rm 8.
Na metade da sua carta, Paulo, depois de ter analisado o projeto que Deus quer realizar, isto é, a salvação de todos os homens, não pode deixar de gritar toda a sua alegria: “Se Deus está conosco, quem será contra nós”?
Deus, o único que poderia servir de testemunha e que sabe como aconteceram de fato as coisas, não pode acusa-los porque os amou tanto, a ponto de entregar-lhes seu próprio e único filho.
Essa leitura, curta, é muito linda. Revela como o amor do Pai é definitivo e gratuito e como não pode ser destruído por nenhum pecado e por nenhuma infidelidade humana.
Evangelho: Mc 9
Todos os anos, no segundo domingo da Quaresma, a liturgia da Palavra nos apresenta o tema da Transfiguração de Jesus.
A narrativa começa dizendo que Jesus se retirou para um monte muito alto, num lugar solitário, com três dos seus discípulos.
Trata-se dos mesmos que também foram testemunhas da sua agonia no Getsêmani.
No versículo 2 fala-se de uma alta montanha. A tradição cristã localizou a transfiguração de Jesus no Tabor, uma linda montanha, coberta de pinheiros, de carvalhos e de terebintos, isolada, no centro de uma grande planície.
Na montanha a Bíblia situa os grandes encontros com Deus, as grandes manifestações do Senhor aos homens.
A mensagem central da narrativa encontra-se exatamente neste patamar: para instaurar o Reino que Jesus, durante a transfiguração, deixa entrever aos seus discípulos, é necessário passar através do sacrifício da própria vida.
Não é possível entrar no Reino de Deus por atalhos, como Pedro tenta fazer. É necessário que todos os discípulos sigam com coragem o percurso trilhado pelo Mestre.
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