Aceitação

Por Monsenhor José Geraldo Segantin | 07/02/2021 | Tempo de leitura: 2 min
Especial para o GCN

O tema da aceitação produz tranquilidade e expressa confiança. É assim que somos iluminados pela Palavra de Deus neste domingo.     

Primeira leitura: Jó7.

O Livro de Jó trata do problema que causa angústias para os homens de todos os tempos: por que há no mundo tantas pessoas que sofrem?

A história de Jó foi escrita para projetar um raio de luz sobre esse enigma.

Jó é um servo de Deus, que vive rico e feliz num distante país do Oriente: é bondoso, generoso, fiel ao Senhor, mas repentinamente tombam sobre ele as maiores desgraças: perde os filhos e a fortuna e é golpeado por uma doença dolorosa e repugnante.       Até sua própria esposa sente-se mal ao se aproximar dele.

A leitura de hoje nos apresenta as suas reflexões sobre a infeliz situação do homem nesta Terra. A sua dramática experiência é para ele uma confirmação de que a vida não passa de um mar de sofrimentos. 

Quando reflete sobre sua vida sente-se mais infeliz do que um escravo, mais desditoso do que um trabalhador braçal.

O seu grito de censura talvez nos assuste, parece uma rebeldia e uma blasfêmia. Mas é, ao invés, uma oração,

A oração de Jó é composta de gritos e lágrimas.         Não esqueçamos; quem grita e chora, embora não o saiba, está invocando a Deus. 

Segunda leitura: I Cor 9.

O melhor serviço que podemos prestar a um homem é o de lhe anunciar o evangelho. A palavra de Deus transforma o coração das pessoas, dá um novo sentido à sua vida, comunica a alegria de viver e infunde uma paz sem limites. 

Os que se dedicam ao apostolado, portanto, exercem um trabalho muito envolvente e, não sendo eles anjos, também precisam... comer!

Os que, como Paulo, desejam servir a própria comunidade de uma forma completamente gratuita, que recompensa terão?

Nenhuma, exceto a satisfação que brota da doação generosa de si mesmo em favor dos irmãos. Paulo prega o evangelho não para obter vantagens, mas por uma necessidade interior do seu coração.            

Evangelho: Mc 1.

Antes de Cristo os homens tentaram de muitas maneiras encontrar uma solução para o problema da dor, sem conseguir.

No evangelho de hoje vemos de que modo Jesus se defronta com essa realidade.

Com sua interferência dá uma primeira e inquestionável resposta: o mal existe, mas não é invencível. Pode e deve ser derrotado.

Sabe que em todos os lugares há pessoas necessitadas da sua ajuda. 

A única atitude a ser assumida é a de colocar-se ao lado de quem sofre e lutar com todas as próprias forças contra o mal. Vejamos de que forma:

A missão do cristão dos nosso dias é a de repetir os gestos do Mestre: aproximar-se daqueles que não têm forças para manter-se de pé e erguê-los da condição desumana na qual se encontram.

Quem foi curado, quem vivenciou a experiência da libertação, não pode esquecer o milagre que a palavra de Deus operou nele e deve transformar-se num membro dinâmico da comunidade.   

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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