Eleito prefeito em 2016 numa disputa que aparentava ser mais favorável a Sidnei Rocha, Gilson de Souza montou um secretariado de respeito. Com um time formado por juízes de Direito, médicos, empresários e técnicos de reconhecida capacidade, o prefeito tinha tudo para fazer um excelente governo.
Antes mesmo de o governo começar, o time começou a se desfalcar com a desistência de convocados, como foi o caso de Ulisses Miniccuci, que havia sido indicado para a Secretaria de Saúde. Ao longo do mandato, praticamente, todos os secretários deixaram a administração por conta de divergências ou por não concordarem com o jeito peculiar do prefeito comandar a Prefeitura. Há ainda os que foram sumariamente demitidos.
Muito mais do que perder aliados, Gilson de Souza ganhou adversários. Na próxima campanha eleitoral, irá sofrer a concorrência de ex-secretários.
Flávia Lancha (PSD), que comandou a Secretaria de Desenvolvimento, e Orivaldo Donzeli (PTB), chefe de Gabinete e secretário de Segurança, são pré-candidatos a prefeito e devem enfrentar Gilson nas urnas.
Sebastião Ananias durou apenas três meses na Secretaria de Finanças. Filiado ao Cidadania, apoia a candidatura de Adérmis Marini (PSDB). O médico Rodolfo Morais, que fez elogiado trabalho na Secretaria de Saúde, se filiou no Podemos, partido aliado ao PSDB.
Cléber Freitas dos Reis, que comandou a Secretaria de Negócios Jurídicos, e Alberto Donha, Recursos Humanos e Administração, foram para o PTB, onde já estava Wanderlei Tristão, Ação Social, e apoiam a candidatura de Orivaldo Donzeli. Para completar, Marlon Centeno, que presidiu a Feac até poucos dias, saiu do DEM, de Gilson de Souza, e se filiou ao PL, de Graciela Ambrósio, na reta final do prazo da janela partidária.
A debandada de tantos aliados, que foram para a oposição, é um sinal claro de que, quem acompanhou o prefeito de perto, tem restrições ao governo de Gilson de Souza.
Base implodida
Quando a Câmara retornar aos trabalhos, no final o mês, o prefeito enfrentará um plenário bem mais hostil do que tinha ao longo dos três primeiros anos de seu governo. A janela para mudanças de partido implodiu a base de apoio ao prefeito.
Pelo cenário atual, o governo tem apenas três votos garantidos, de Nirley de Souza (PP), Tony Hill (DEM) e Cristina Vitorino (Republicanos). Os outros 12 vereadores estão filiados a partidos que vão disputar a Prefeitura.
Firme com o prefeito
O Republicanos lançará chapa completa de vereadores, mas não terá candidato à Prefeitura. O partido vai apoiar a reeleição de Gilson.
Febre e dor de cabeça
Com toda essa história de coronavírus e quarentena, ninguém mais tocou no assunto, mas continua aberto na Câmara o processo de cassação contra o prefeito. Gilson é acusado de se recusar a pagar as emendas impositivas. Não acredito que os vereadores vão tirar Gilson da Prefeitura faltando poucos meses para o fim do mandado. Se quiser, a oposição tem voto de sobra.
Feriadão prolongado
Nada de quarentena. O final de semana em Franca fez lembrar dias normais: filas enormes para comprar ovos de Páscoa, lojas e bares abertos, cervejinha na calçada, churras com a galera e aquele futebol de leve com os amigos. Se a fiscalização da Prefeitura, a Polícia Militar e o Ministério Público não agirem com rigor, o corona vai pegar e poderemos ter um colapso na saúde. Na hora que morrer alguém da família, o povo aprende.
Demissão
A Prefeitura divulgou a primeira a relação dos pedidos do Plano de Demissão Voluntária. Dos 46 servidores que aderiram ao programa, um teve a solicitação negada, 29 foram atendidos e 16 aguardam a disponibilidade de recursos.
Fora da rede
Atendendo a milhares de pedidos, não vou gravar nenhuma live. Excelente domingo a todos, feliz Páscoa. Fique em casa.
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