Erra quem diz que assessores comissionados são todos despreparados e que só estão na Prefeitura para ganhar dinheiro fácil. Por mais que o prefeito tenha se cercado de gente incompetente por mera motivação política, é preciso reconhecer que a grande maioria trabalha sério e contribui para fazer com que o governo preste melhor serviço ao cidadão.
A oposição sabe disto. Não por acaso, deixou de criticar a existência dos comissionados e ficou em silêncio desde que o TJ julgou que os cargos são irregulares. Gilson, Flávia, Adermis, Marília, Alexandre ou outro nome qualquer. Seja quem for o próximo prefeito de Franca, o eleito terá enormes dificuldades para tocar a máquina sem os comissionados. Isto é fato e não se discute.
Como, também, não se discute decisão judicial. Tem que cumprir. Mas, Gilson de Souza decidiu ignorar a Justiça. No dia 29 de janeiro, portanto há 18 dias, o Tribunal de Justiça julgou que os cargos são inconstitucionais e mandou a Prefeitura fazer a “imediata” exoneração.
Enquanto alegava que ainda não havia sido notificado da decisão, o prefeito, que assistiu ao julgamento no TJ, ingressou com recurso no STF pedindo liminar para suspender a decisão. O ministro Dias Toffoli, presidente da Corte, negou o pedido e foi duro no recado. “Ao requerente incumbirá, destarte, e sem mais delongas, providenciar o cumprimento da ordem que lhe foi imposta pelo Tribunal de Justiça paulista, algo que, pelo visto, já deveria ter iniciado há muito tempo”.
O presidente do Supremo tomou a decisão segunda-feira, dia 10. Uma semana depois, o prefeito continua fingindo de árvore e não cumpriu a ordem para fazer a exonerações. Gilson sabe que é um caminho sem volta, mas procura ganhar tempo. Após sofrer derrotas no TJ e no STF, imagino que, inspirado no exemplo de Lula, deva estar tentando audiência com o Papa em busca de um milagre para reverter as demissões.
Sou situação e oposição
O médico Marco Aurélio Ubiali, 70, que havia anunciado a aposentadoria política após as eleições de 2018, reassumiu a presidência do PSB em Franca. Ele terá o desafio de preparar o partido para disputar as eleições de outubro.
O PSB espera lançar chapa completa de vereador e candidato próprio a prefeito. Ubiali, em princípio, não deve concorrer. “Eu gostaria muito, teria enorme prazer em ser prefeito, mas o momento é de renovação. Entendo que é o momento de mudar a estrutura política de Franca e lançar uma pessoa nova”.
O PSB planeja apresentar uma candidata mulher. O nome não foi revelado. Embora queira disputar a Prefeitura, o partido tem integrantes no governo. Os dois vereadores, Claudinei da Rocha e Pastor Palamoni, são da base de apoio ao prefeito na Câmara. Por enquanto.
Foi conhecer a embarcação
O vereador Adermis Marini (PSDB) não participará das duas próximas sessões da Câmara. O prefeitável fará um cruzeiro com a família nos próximos dias. Mesmo com dor no coração, disse que pedirá ao financeiro que faça os devidos descontos pela ausência em seu salário.
Café e pão de queijo
O diretório municipal do Patriota realizou ato em uma lanchonete do centro, ontem, com direito a café de graça, revista e ficha de filiação. O partido, que pretende disputar as próximas eleições, vai realizar ações semelhantes aos sábados por toda a cidade para se apresentar à população. O engenheiro Ismar Tavares, ex-secretário de Meio Ambiente nos governos do PSDB, tem o nome cotado para sair a prefeito.
Credibilidade zero
Pré-candidatos a prefeito por Franca e cidades da região estão inundando os grupos de WhatsApp com pesquisas eletrônicas de intenção de voto. O resultado vale tanto quanto uma nota de três reais.
Éramos amigos
Se eu provar que assistia o Gugu todos os domingos, será que tenho direito à herança?
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