Antes de tentar convencer os eleitores de que é a melhor opção para voltar a governar Franca, o PSDB precisa aparar arestas internas e acabar com as dúvidas sobre quem, realmente, será o seu candidato a prefeito.
Em outubro do ano passado, O PSDB realizou ato e indicou o vereador Adérmis Marini como pré-candidato. Presente ao evento, o ex-prefeito Sidnei Rocha declarou apoio ao companheiro, mas disse que não iria carregá-lo nas costas como havia feito com “o outro”, numa clara alusão a Alexandre Ferreira.
Passados quatro meses da “indicação”, ninguém tem certeza de quem será o candidato. Nem mesmo Adérmis. Sempre que questionado em entrevistas se pretende disputar as eleições, Sidnei Rocha nega. Nas conversas em off, porém, conta com orgulho que constantemente é abordado por eleitores pedindo sua volta. “O povo me adora”.
Adérmis tem sonhado com Sidnei. Na verdade, é um pesadelo. Ele sabe que, se quiser, Sidnei será o candidato, a qualquer momento. Sidnei é filiado ao PSDB e não tem pressa para tomar uma decisão. Pode decidir a poucos dias das eleições.
O fantasma Sidnei não é o único a assombrar Adermis. Também o atormenta o acordo PSDB-DEM, firmado pelos diretórios estaduais, que dá preferência na disputa ao prefeito candidato a reeleição. Se Franca for mantida no acerto, como Gilson tenta articular em São Paulo, Adermis teria que mudar de partido para não ser obrigado a subir no palanque para apoiar seu rival.
O prazo para mudança de partido, que termina dia 3 de abril, também joga contra. A indefinição interna no ninho tucano atrapalha. Na corrida pela Prefeitura, hoje, Flávia e Gilson estão mais organizados do que Adérmis.
Se não quiser ficar fora do eventual segundo turno, o PSDB precisar acabar de vez com os rumores e confirmar logo, e de maneira contundente, quem será o seu candidato. Isso, se puder ter um em Franca.
Oi, sumida
Sem esperanças de retornar ao governo, assessores comissionados da Prefeitura, que serão exonerados nos próximos dias por ordem judicial, já estão acenando para Flávia Lancha e para a deputada Graciela. Vai que cola.
Choveu em Franca, como assim?
Nossos políticos adoram dizer que são amigos do governador. Causa estranheza ninguém ter batido na porta do gabinete de João Doria, ou de Jair Bolsonaro, em busca de recursos para tentar amenizar os transtornos causados pelas chuvas em Franca.
Corajoso
Imagino que o prefeito não ligou o nome à pessoa, mas ele publicou intimação no Diário Oficial ameaçando multar um juiz de Direto caso o doutor não limpe o terreno.
Queimou o arroz
O vereador Arroizinho apresentou moção de aplausos para a “festividade de reinauguração” do Relógio do Sol”.
Obra fantasma
Gilson de Souza apresentou projeto denominando Wiliam Wanderley Jorge “o novo complexo viário” localizado no cruzamento das avenidas Champagnat e Alonso y Alonso. A homenagem é justa e merecida. O problema é que não foi feita nenhuma obra no local.
Saudades do que a gente ainda não viveu
Querer batizar eventual obra a ser feita na problemática rotatória não é exclusividade de Gilson. Em 2014, o vereador Marco Garcia apresentou projeto para que o prometido viaduto no local se chamasse Osvaldo Coral. Um ano depois, ao constatar que nem a licitação havia sido aberta, Garcia decidiu retirar a proposta.
Mentiravírus
Empolgado com a experiência do governo chinês, que construiu, em dez dias, um hospital com capacidade para atender mil pacientes na cidade de Wuhan, epicentro do surto do coronavírus, o prefeito Gilson de Souza planeja firmar parceria com os chineses para, enfim, cumprir a promessa feita na campanha e concluir até o final do mandado o seu Hospital das Clínicas.
Edson Arantes
Jornalista
edson@comerciodafranca.com.br
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