A primeira leitura é um trecho do livro do profeta Isaías, capítulo 42. É o primeiro canto do servo de Javé. Esse servo é descrito como aquele que possui o espírito de Deus: ele se assemelha aos juízes do passado, líderes libertados movidos pelo espírito de Javé. Ele é também aquele que vai levar o direito às nações, ou seja, sua missão é uma espécie de sacerdócio a serviço do projeto de Deus. É também o porta-voz, isto é, profeta e intérprete do projeto de Deus para seu tempo.

Iluminados pelos exemplos de Jesus, percebemos que no mundo existem, muitas pessoas que se assemelham ao “servo do Senhor”, quando sonham e lutam pela justiça, por um mundo digno de paz onde seja possível “viver”.

Segunda leitura: Atos 10.

A segunda leitura um trecho do capítulo 10, dos Atos dos Apóstolos. Pedro está na casa de Cornélio, em Cesaréia, e ali faz um discurso que hoje é revelado uma parte para nós.

Na Igreja primitiva havia uma questão muito debatida e que dividia a comunidade: podiam ou não os pagãos ser admitidos ao Batismo. Pedro, iluminado pelo Espírito Santo, entendeu que o Senhor não faz acepção de pessoas. Todos os que acreditam em Deus e praticam a caridade, são agradáveis a ele.

No seu discurso, Pedro revela que Deus procura todos aqueles que estão profundamente preocupados com a causa da justiça. O trecho do evangelho foi escrito por São Mateus, capítulo 3.

Evangelho: Marcos 3.

João Batista estava pregando um batismo de penitência. Com isso ele queria preparar o povo para a chegada do Messias, pois o Messias é que traria o batismo com o Espírito Santo e com fogo. E, para surpresa de todos, Jesus aparece como um simples candidato ao batismo de penitência.

O seu gesto tem um sentido muito profundo: ele quis, desde o início da sua vida pública, colocar-se ao lado dos pecadores, se fez um deles, aceitou a condição deles, como escravo, para percorrer junto deles o caminho que conduz à liberdade.

No momento em que Jesus foi batizado, três sinais são oferecidos: “os céus se abriram; o Espírito Santo desceu em forma de pomba; ouviu-se uma voz do céu”.

Os céus se abriram: usando esta imagem, Mateus nos ensina que o início da atividade de Jesus marcou o momento da reconciliação entre o céu e a terra; entre Deus e os homens.

A imagem da “pomba” relembra o que aconteceu no tempo do dilúvio. A pomba com o raminho de oliveira foi o sinal de que a paz havia sido restabelecida.

O Espírito Santo presente revela que no dia do seu batismo Jesus foi consagrado e adquiriu força para cumprir a dura missão de libertador. A voz do céu, é uma expressão usada pelos rabinos daquele tempo, quando queriam manifestar o pensamento de Deus a respeito de uma pessoa ou de um determinado acontecimento. Aqui Deus revela que seu Filho é amado, predileto.

Nós fomos batizados e o batismo recebido na infância, por desejo dos pais, é, antes de tudo, um dom, uma eleição de Deus, uma vocação para a fé. Quando fomos batizados, o Espírito Santo que recebemos, elevou a vida dada por nossos pais, nos tornando filhos de Deus.