Gilson de Souza parece não estar muito preocupado se a cidade está sendo engolida pelos buracos, se faltam medicamentos, vagas em creche ou se é preciso gerar empregos para movimentar a economia. O prefeito gosta mesmo é de uma festa.
Nada contra, também gosto de shows e sei que, após um ano difícil, a população precisa ter alguma opção de lazer gratuita para se despedir do tenso 2019. Se quisesse, a Prefeitura faria o evento com mais economia. O momento não é para esbanjar.
A exemplo do ocorrido no Réveillon passado, Gilson realizará festas da virada em cinco regiões diferentes: haverá shows no Leporace, Estação, avenida Brasil, Ângela Rosa e Aeroporto.
Só com o cachê dos artistas, a Prefeitura gastará em torno de R$ 300 mil. É preciso somar na conta as despesas com cinco palcos, fogos de artifício, equipe de apoio, segurança e banheiros, entre outros serviços. Estima-se que o custo total da festa fique em torno de R$ 500 mil.
Pode parecer pouco, mas, se somarmos com os gastos que a Prefeitura já teve com a contratação de artistas para o Festival Literário, com a Festa do Mineiro, Rock Solidário e com verbas para o Carnaval, o dinheiro daria para tapar os buracos de algumas ruas.
Gilson poderia fazer a festa da virada gastando menos. Bastaria centralizar os shows em um único endereço, como Parque Fernando Costa, Centro ou Poliesportivo. Bobagem alegar que dificultaria o acesso do público. Grandes shows acontecem sempre em um local e arrastam multidões. E ninguém reclama.
O valor dos caches
A Prefeitura divulgou o valor de todos os shows da virada, menos o que será pago a Diego Figueiredo. Informalmente, apurei que serão R$ 30 mil para ele tocar violão por uma hora e meia na Estação. Sandra de Sá levará a mesma quantia. A dupla Teodoro e Sampaio vai ganhar R$ 80 mil. O cachê de Rionegro e Solimões será de R$ 73 mil. O grupo ExaltaSamba embolsará R$ 60 mil. Ídolos dos meus avós, Roberto e Meirinho vão virar o ano com R$ 17 mil na conta.
Natal gordo
Os assessores de Graciela Ambrósio e Roberto Engler vão virar o ano com o bolso cheio. A Assembleia Legislativa vai pagar a cada um dos 3.266 funcionários a quantia de R$ 3.100 como bônus natalino no vale-alimentação. Serão beneficiados tanto os servidores públicos, quanto os comissionados. Os deputados não têm direito. O agrado vai custar R$ 10,1 milhões ao erário. Já pedi vales para Marcelo Facuri, Marcão, Wildnei e Gil Magela.
Fã clube
Encontrei por acaso com um promotor do Gaeco no Picanha. Ele me disse que está surpreso com a idolatria que Gilson de Souza tem por Diego Figueiredo. Num período de apenas 15 meses, o prefeito contratou o músico quatro vezes para tocar violão em eventos da Prefeitura. Os caches, pagos com recursos públicos, é claro, somam R$ 255 mil.
Firme como uma rocha
O vereador Ricardo Rocha (PSDB) foi eleito presidente da Câmara de Patrocínio Paulista para o exercício de 2020. A eleição aconteceu durante a sessão realizada terça-feira, dia 10. Não houve chapa concorrente.
Rochinha é veterano na cadeira de presidente. Será a sexta vez que ele comandará o Legislativo. A primeira foi em 1983. Ao assumir o cargo, irá igualar o recorde do saudoso José Mércuri, que presidiu a Câmara de Franca em seis oportunidades. Mércuri foi vereador por 39 anos seguidos.
“Ajuda nóis”, Gilson
Prefeito bom é Francisco Clidenor, de Lagoa Verde, no interior do Maranhão. Ele não quis nem saber se é culpa dos chineses que estão comprando muito o produto nacional: com uma canetada, resolveu o problema e mandou baixar o preço da carne.
Chico baixou um decreto estabelecendo que os açougues da cidade voltem a cobrar o preço anterior à alta do produto. Com a sensata medida, a carne bovina com osso deve custar R$ 12 e a desossada, R$ 15. Ainda dá tempo, Gilson...
Descanse em paz, Felipe
Minha solidariedade a Donizete da Farmácia e a todos os familiares.
Edson Arantes
Jornalista
edson@comerciodafranca.com.br
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