No começo do governo Alexandre Ferreira, o então vereador Luiz Vergara (PSB) era apontado como uma das únicas vozes de oposição ao prefeito na Câmara. Combativo e crítico ácido, ele foi um dos que assinaram, em março de 2014, o requerimento propondo a criação de uma Comissão Especial de Inquérito para apurar as mortes e a situação precária da Saúde. No ano anterior, ele já havia presidido a CEI aberta para investigar os contratos assinados entre a Prefeitura e a São José. Apontou diversas irregularidades, entre elas, o fato de o prefeito ter aberto mão das cobranças de multas impostas à empresa por descumprimento do contrato. Ao final dos trabalhos, foi um dos três vereadores que votaram pela abertura de uma Comissão Processante contra Alexandre.
Menos de um ano depois, em fevereiro de 2015, Vergara mudou de lado e assumiu o papel líder de Alexandre na Câmara. Foi quando Hélio Vissotto perguntou ao vereador quanto ele teria levado para se aliar ao prefeito. A resposta de Vergara foi um tapa na cara do cidadão.
Sem conseguir se eleger para cargos públicos, se inscreveu este ano para disputar as eleições do Conselho Tutelar, mas teve a candidatura barrada. Com a debandada de filiados que o PSB sofreu, Vergara assumiu a presidência do partido no final do mês passado. Em entrevista concedida em agosto, ele afirmou: “quero afastar o PSB do governo Gilson”.
Na quarta-feira, dia 4 de setembro, Gilson presenteou Vergara com um cargo comissionado. Vergara, claro, mudou de opinião em relação ao governo e aceitou. Sugiro ninguém perguntar se houve alguma compensação para a brusca mudança de opinião.
Cabos eleitorais de luxo
A cada nomeação que faz para ocupantes de cargos comissionados, o prefeito mostra que não está preocupado em corrigir os erros do governo e melhorar a qualidade do serviço prestado ao cidadão. Sua aparente estratégia é ter cabos eleitorais (pagos com recursos públicos) com potencial de puxar votos e aumentar suas chances de reeleição.
Eleição interna
O PT realizará em todo o Brasil neste domingo o seu processo de eleições diretas para a renovação das direções nacional, estadual, regional e municipal. Têm direito a voto todos os filiados. Em Franca a votação acontecerá na sede do PT, que fica na rua Venezuela, 1469, Jardim Consolação, das 9 às 17 horas. Não haverá disputa. Atual presidente e candidato único, Giovanni Dominici, irmão de Gilmar, deverá ser reeleito para mais um mandato. O ex-vereador Gilson Pelizaro também deverá ser reeleito coordenador regional.
Plano fracassado
Houve um movimento silencioso do prefeito para tentar costurar um acordo com a cúpula estadual do DEM e do PSDB, nos moldes do que ocorreu nas eleições do ano passado e que levaram à vitória do governador João Doria (PSDB) e do vice Rodrigo Garcia (DEM), com a finalidade de evitar que o PSDB lance candidato próprio na sucessão municipal do ano que vem. Como o PSDB estadual tem Franca como prioridade e os levantamentos internos do partido apontam o tucanato com boas chances, não quiseram saber de acordo. Será cada um por si.
Multa por falta de alvará
A Promotoria de Justiça de Pedregulho firmou Termo de Ajustamento de Conduta com uma empresa produtora de eventos visando compensar o risco criado pela realização, sem Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, do Réveillon Rifaina, que ocorreu no dia 31 de dezembro de 2018. A empresa se comprometeu a pagar R$ 40 mil, que serão aplicados em melhorias para Rifaina, especialmente na área de segurança pública.
Revolução na Prefeitura
De acordo com o Estagiário da Franca, é esperado que Vergara dê um “tapa” na organização do gabinete do prefeito e que lidere a volta da operação “tapa buracos”.
Edson Arantes
Jornalista
edson@comerciodafranca.com.br
Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.