
O passeio Franca Restinga é uma tradição de 37 anos. Não será mais realizado, pelo menos, no modelo que conhecemos. Ao contrário da Expoagro, que não foi realizada este ano por incompetência, o fim da caminhada não é culpa do prefeito. Mas, Gilson de Souza erra ao ficar empurrando o caso com a barriga e não explicar a verdade para a população. Não tem como fazer e pronto.
Em julho de 2013, entrou em vigor a portaria 33 que regulamenta os procedimentos pertinentes a autorização para a realização de provas esportivas ou eventos nas rodovias sob jurisdição do DER. A norma proíbe a utilização de pistas para que não tiverem acostamento ou acesso às comunidades lindeiras. É o caso da Nestor Ferreira, que liga Franca a Restinga.
Mesmo que a pista tivesse acostamento e vias de acesso alternativas para as propriedades existentes nas margens, o passeio não poderia durar mais do que uma hora, o que é impossível de acontecer. Mesmo na remota possibilidade de todas as exigências serem cumpridas, ainda seria necessário que o prefeito ou alguém indicado por ele assinasse um termo se responsabilizando civil e criminalmente por eventual descumprimento. O indicado também terá que providenciar o ressarcimento de danos causados a terceiros, consequentes de ações ou omissões diretas ou indiretas eventualmente ocorridas. Alguém se habilita a assinar?
Apesar de a portaria estar em vigor desde 2013, o cumprimento das exigências não era cobrado pelas autoridades competentes.
Este ano, com a troca de governo e as consequentes mudanças no comando do DER e da Polícia Rodoviária, o cumprimento da norma passou a ser exigido para evitar acidentes ou outras ocorrências graves envolvendo os participantes.
No ano passado, um homem foi flagrado no passeio com um revólver. Também foi registrado acidente envolvendo um cadeirante. Consumo exagerado de álcool e droga também se tornou comum. “Não somos contra o evento, mas o passeio não obedece aos requisitos da legislação atual e não pode ser realizado por questão de segurança”, esclarece o tenente Victor Lima, comandante da Polícia Rodoviária em Franca.
A Prefeitura de Franca sabia que seria impossível cumprir as exigências e que não teria como realizar o passeio, mas quis ganhar tempo até dar um jeitinho para não ter que enfrentar o desgaste político causado pelo cancelamento de mais um tradicional evento. Faltou combinar com o DER, com a Polícia Rodoviária e com a Via Paulista.
Empoderamento feminino: Não me surpreenderei se Flávia Lancha, hoje no partido Novo, disputar as eleições para prefeito por outra legenda. O assédio tem sido grande. O vereador Pastor Otávio está orando para levar a empresária para o PTB, partido aliado ao PR da deputada Graciela Ambrósio.
A dona do pedaço: A prefeita de Quedas do Iguaçu (PR), Marlene Revers (Pros), teve o mandato cassado pela Câmara por gastos excessivos na compra de bolos e salgados. Entre setembro de 2017 e novembro de 2018, a Maria da Paz paranaense gastou R$ 95 mil com a compra de quase 6,5 toneladas de bolo e mais de 36 mil salgadinhos para reuniões do Conselho de Assistência Social.
Desbancou a Rizatti: O vereador Marco Garcia, que deve ser o vice de Adérmis nas próximas eleições, se tornou o fornecedor oficial de chope para os churrascos de integrantes de grupos de política no zap zap. (meu celular continua o mesmo, Marco).
Fim da polarização: A direita quer o Lula preso em Tremembé. A Esquerda quer que o presidiário fique em Curitiba. Finalmente, todos querem Lula preso.
Feliz dia dos Pais: Descobri o verdadeiro motivo pelo o qual Gilson de Souza não vai mais fazer o passeio Franca Restinga: é porque ele prefere passear em São Paulo....
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