Passei a semana em São Paulo por conta da cobertura da Francal. A pergunta que mais ouvi na feira não tinha relação com sapato. A abordagem mais frequente era sobre política e tinha como personagem um velho conhecido: “O Sidnei Rocha vai ser candidato a prefeito no ano que vem”?
Como também já fui questionado várias vezes a respeito do mesmo tema aqui em Franca, resolvi buscar a resposta direto na fonte. Tomei uma cerveja com Sidnei Rocha e falamos sobre o seu futuro político.
Para alívio de muitos e decepção de outros tantos, Sidnei decidiu se aposentar da política. Prestes a completar 76 anos, ele afirma que chegou a hora de abrir espaço para novas lideranças. “Não serei candidato a prefeito. O candidato do PSDB é o Adermis. Vamos apoiar o Adermis para haver renovação e novas ideias”.
O ex-prefeito de Franca por três mandatos também está incomodado com a pegação no pé dos prefeitos por parte de órgãos de controle. “O Tribunal de Contas quer, muitas vezes, que você siga as normas deles e, não a lei, necessariamente. Eles interpretam de um jeito e querem que os prefeitos façam do jeito deles. Sou legalista, bacharel em Direito, fiz tudo sempre dentro da lei, mas, se não seguir o que o TCE acha que é certo, eles abrem um processo e mandam para o promotor”.
Sidnei Rocha também criticou atuação do Ministério Público. “O promotor não quer saber, quer aparecer em cima do prefeito e abre processo. Uma vez, teve uma reunião estadual de promotores no Comam e eu disse a eles: ‘como vocês estão atuando, no futuro, só malandro e bandido vai ser candidato. As pessoas de bem não vão querer, pois ficam expostas”.
Sidnei sendo Sidnei: No melhor estilo Sidnei Rocha de ser, ele afirma que sua reputação como homem público incomoda. “No meu tempo de prefeito, o promotor de Franca adorava aparecer na primeira página do jornal em cima da minha popularidade. Todas essas coisas vão me cansando. Não dependo de política. Eu vivo das minhas empresas. Adoro ajudar o povo, mas fiquei desgastado com esta amolação”.
Ameaça de deixar o ninho: Sidnei também colocou a boca no trombone e criticou a nova direção estadual do PSDB. Ele está descontente com o tratamento dispensado à velha guarda do partido e também com a falta de atenção com o PSDB de Franca. “Há um discurso de renovação, mas a história tem que ser respeitada. Estou começando a sentir que os novos tempos estão começando a apagar esta história. Não concordo com isto. Temos que respeitas as pessoas do PSDB, como Geraldo Alckmin, José Serra, Fernando Henrique e tantos outros, que construíram projetos importantes. Não aceito e não admito uma fusão do PSDB com outro partido. Se houver fusão, serei o primeiro a sair”.
Escapou do facão: A Secretaria Estadual da Educação vai exonerar um terço dos dirigentes regionais de ensino, que comandam grupos de escolas no Estado. Dos 91 gestores atuais, 26 não preencheram os requisitos do novo sistema de seleção para cargos de chefia. Outros oito vão se aposentar. Embora não tenha sido indicado pelo PSDB, Diretor Marcos, que chegou à Delegacia de Ensino pelas mãos de Roberto Engler (PSB), permanecerá no cargo pela qualidade do serviço prestado.
Carta de renúncia: Mais fiel entre os fiéis seguidores de Gilson de Souza, Pastor Otávio não está mais tão fiel assim. Ele se desiludiu com o prefeito e vai renunciar à liderança do governo na Câmara. Como ninguém quer assumir o espinhoso cargo, o abacaxi deve cair na mão de Nirley de Souza.
Aprendendo com Restinga: Uma equipe da Secretaria de Segurança de Franca foi a Restinga conhecer o moderno sistema de monitoramento eletrônico, com câmeras inteligentes, que foi instalado pelo prefeito Amarildo Nascimento (MDB). Gilson quer copiar o modelo e tentar fazer algo parecido em Franca.
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