Criticado por dez em cada dez francanos pela lentidão em tomar medidas de interesse público, o prefeito Gilson de Souza (DEM) mostrou que é rápido quando o assunto é de seu interesse. Mas, o afobado comeu cru.
Na sessão do dia 14 de maio, o vereador Marco Garcia afirmou que o prefeito é péssimo administrador e que é preciso acelerar o passo da tartaruga. Ironizou que tartaruga é rápida e que a Prefeitura é lesma.
Menos de uma semana depois, numa rapidez de causar inveja ao papa-léguas, o prefeito já havia ingressado com um processo em que pede que Marco Garcia seja condenado por calúnia, injúria e difamação. Pediu uma indenização de R$ 100 mil. O vereador Nirley de Souza, o filho do prefeito, Gilsinho, e ‘o João representante da Kin Desing‘ ( juro, está escrito deste jeito na ação) são testemunhas.
A petição inicial é repleta de falhas. Para começar, o vereador foi identificado como ‘Marco Teixeira Garcia‘. O correto é Marco Antônio. Há, também, erros de concordância verbal.
Isto é o de menos. Gilson, que já esteve do outro lado, deveria saber que vereador, deputado e senador têm imunidade parlamentar, palavra inviolável. Chamar alguém de incompetente, de gestor ruim, tartaruga ou lesma, faz parte da regra, segue o jogo. Para completar, não foram apresentadas provas.
O resultado não poderia ter sido outro: a ação proposta pelo prefeito foi barrada antes mesmo de ser analisada pelo juiz. ‘O documento não menciona o fato criminoso. A queixa é manifestamente inepta. A inicial não se encontra minimamente instruída, o que impede processamento da ação penal. Não há lastro probatório mínimo exigido para o início da ação penal. Desta maneira, opino pela rejeição da queixa-crime‘, afirmou o promotor Augusto Soares Arruda Neto.
A rapidez do prefeito foi em vão. Melhor teria sido se tivesse usado o precioso tempo em que está em Franca para fazer algo de útil para a população, como desenrolar o contrato do transporte público ou conseguir fazer uma simples Expoagro.
Traz a picanha: A Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa aprovou o projeto de lei que autoriza a venda e o consumo de bebidas alcoólicas dentro de estádios de futebol no Estado. A proposta ainda terá que passar por outras duas comissões antes de ser votada em plenário. A intenção é de que o projeto esteja aprovado, e a cerveja liberada, até o começo da Copa América.
Deslanchou: O Partido Novo atingiu a meta de conseguir 150 filiados ativos, número exigido para possibilitar a implantação do diretório em Franca. Fazem parte da relação empresários, médicos e advogados, entre outras lideranças. A partir de agosto, será aberto o processo seletivo de pré-candidatos a vereador e prefeito. Os nomes serão definidos em janeiro. A empresária Flávia Lancha é a favorita para disputar a Prefeitura.
De escrivão a delegado: O PSDB realizou a sua Convenção Nacional em Brasília sexta-feira. O governador João Doria, que está de olho na presidência da República, assumiu o controle da legenda ao emplacar na presidência o seu aliado, o deputado Bruno Araújo (PE).
Por indicação de Doria, o vereador Adermis Marini foi escolhido como delegado nacional e será integrante do Código de Ética e Disciplina do PSDB.
Orlandino: A Câmara Municipal de Orlândia concedeu o título de Cidadão Orlandino ao deputado Roberto Engler (PSB). Foi o 35º título do gênero recebido pelo parlamentar francano. Além de ter recebido a honraria em, praticamente, todas as cidades da região de Franca, Engler obteve títulos de cidadania em Santa Bárbara d’Oeste, Brodowski, Dumont, Taquaral, Jaboticabal, Bebedouro, Morro Agudo, Descalvado, Severínia e até na mineira São Tomás de Aquino.
Juntos e Shallow Now: Adermis Marini incorporou o espírito de Gilson de Souza e passou a semana em Brasilia.
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