Elogiar juiz de futebol antes do jogo acabar e fazer prognóstico de eleição faltando 15 meses para a votação não são práticas recomendadas. O filósofo Gilson de Souza sempre lembra: “a política é uma nuvem: cada hora está em um lugar”.
Embora consciente do sábio conselho, eu me arrisco a afirmar: mesmo com um governo tão criticado e com baixa aprovação popular, Gilson deverá estar no segundo turno das eleições de 2020.
Na ânsia de retomar a cadeira da Prefeitura, a oposição dá indícios de que caminha para morrer abraçada. Gilson acompanha com satisfação o movimento dos adversários.
Pelo menos seis candidatos vão disputar as eleições para prefeito. Além de Gilson, são nomes certos Adermis Marini (PSDB), Flávia Lancha (NOVO) e Alexandre Ferreira (SD). Provável que o PR de Graciela Ambrósio e o PSL, de Jair Bolsonaro, também apresentem nomes. Difícil que o PT e o Psol fiquem fora. Haverá uma enxurrada de candidatos.
A inevitável divisão de votos só interessa a Gilson. Historicamente, ele tem uma votação cativa na cidade, que gira entre 40 e 50 mil votos. O desempenho deve cair por conta do desgaste do governo, mas é pouco provável que a eventual queda seja suficiente para tirá-lo do segundo turno.
Não se pode ignorar que Gilson tem a máquina na mão e que está guardando cartas na manga para investir no ano que vem. A divulgação dos atos do governo melhorou muito com a chegada da jornalista Nelise Luques, responsável pela comunicação da Prefeitura, e será intensificada em 2020.
Para quem não se lembra, Gilson obteve apenas 34,9 mil votos no primeiro turno de 2016, o que representou 22,5% dos votos. Mesmo com a votação baixa, foi beneficiado pela divisão de votos e chegou ao segundo turno, quando virou sobre Sidnei Rocha.
É possível que Gilson faça o dever de casa e que consiga os votos suficientes para chegar ao segundo turno novamente. Depois, é mata-mata, 50% de chance para cada lado e tudo pode acontecer. Caso queira ganhar as eleições, a oposição precisa começar a refletir. Reduzir o número de candidatos é fundamental para impedir mais quatro anos de Gilson.
Casa nova:Flávia Lancha foi a terceira colocada nas eleições municipais de 2016. É consenso no meio político que, se houvesse mais duas semanas de campanha, ela chegaria ao segundo turno. A empresária é candidatíssima a prefeita no ano que vem. Isto, tudo mundo sabe. A novidade é que ela deixou o MDB e disputará as eleições pelo partido Novo.
Conselho Tutelar: O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Franca publicou, quarta-feira, a relação de candidatos ao cargo de Conselheiro Tutelar. As eleições serão realizadas em outubro e são concorridas. 74 candidatos se inscreveram para a disputa. O prazo para apresentar eventual pedido de impugnação de candidaturas termina nesta segunda-feira.
Salário atrativo: As eleições para o Conselho Tutelar fazem lembrar uma disputa política. Têm campanha acirrada, propaganda e até transporte de eleitores. Não é para menos. Os 10 eleitos vão receber salário de R$ 4,1 mil e mais um vale refeição no valor de R$ 450. O mandato é de quatro anos.
Pediu para sair: Coronel Brandão deixou a vice-presidência do PSL em Franca. Assessor de major Olímpio, ele tomou a decisão após o senador renunciar à presidência do diretório estadual do partido, que será ocupada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro. “Sendo assessor do Olímpio, minha presença na direção poderia trazer constrangimento. Por isto, decidi sair para que haja isenção”.
Menores em boas mãos: O ex-vereador Luiz Vergara se candidatou para o cargo de Conselheiro Tutelar. Especula- se se terá apoio de Hélio Vissoto Pinheiro.
Oi, sumido: Alguém viu o Adermis Marini por ai?
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