Cuidado com os mestres

03/03/2019 | Tempo de leitura: 2 min

A Palavra de Deus nos oferece um belo e profundo ensinamento hoje: que devemos fazer para desvendar o que há no coração de uma pessoa.


Primeira Leitura: Eclesiástico 27: A leitura de hoje começa dizendo que nós, em relação aos outros, nos comportamos como as mulheres que peneiram o trigo: agitamos a peneira mais e mais vezes, sacudimos com insistência, jogamos para cima, expomos ao vento até conseguimos mostrar todos os defeitos, todas as impurezas, todas as falhas do nosso próximo.

Se examinássemos a nós mesmos com o mesmo rigor, descobriríamos não só os limites dos outros, mas também as nossas numerosas falhas.

O Eclesiástico nos dá um conselho muito sábio: não devemos nos deixar influenciar pela primeira impressão. Para desvendar o que as pessoas guardam no coração é preciso deixá-las falar, pois a prova do homem está na sua conversa, a palavra manifesta o que vai no coração do homem.Segunda leitura: Iº Corintios 15: Pelo quarto domingo consecutivo estamos meditando o capítulo 15 da primeira carta aos cristãos de Corinto; hoje nos é proposta a parte final: o tema é sempre o mesmo, a ressurreição.

A situação dos ressuscitados não é comparável à de quem ainda vive neste mundo. A morte, com todos os seus aliados, a dor, a doença, a fome, a violência, o ódio, não terá mais poder algum sobre o homem, porque a vitória de Cristo será total e definitiva.

Evangelho: Lucas 6: Certo dia os discípulos relatam a Jesus que os fariseus ficaram escandalizados com as suas palavras. Responde ele: “Deixai-os. São cegos e guias de cegos”.

Na passagem de hoje, os destinatários desta dramática advertência do Senhor são outros: já não são os fariseus, os adversários, os que se opõem a Cristo, mas os próprios discípulos. Também para eles existe o perigo de se comportarem como guias cegos.

Jesus adverte os seus discípulos sobre um grave perigo: eles também correm o risco de perder a luz do Evangelho, de voltar novamente às trevas e deixar-se guiar, como todos os outros, pelos falsos argumentos ditados pelo “bom senso” dos homens. Quando isto acontece, eles se tornam guias cegos, nos quais já não se pode confiar. A última parte do Evangelho de hoje nos oferece o critério para julgar. “O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, porque a boca fala daquilo de que o coração está cheio”.

 

 

Monsenhor José Geraldo Segantin
Pároco da Igreja de Santo Antônio e vigário geral da Diocese -segantin@comerciodafranca.com.br 
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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