Pobres generosos

A Palavra de Deus ensina nas missas que serão celebradas que o desprendimento das coisas materiais é que traz a verdadeira riqueza para a humanidade.

11/11/2018 | Tempo de leitura: 2 min

A Palavra de Deus ensina nas missas que serão celebradas que o desprendimento das coisas materiais é que traz a verdadeira riqueza para a humanidade.

Primeira Leitura: 1º Livro dos Reis 17:

Os habitantes de Canaã adoravam Baal, o deus que enviava a chuva e dava fertilidade à terra. No tempo de Elias quase todo o povo foi vitima das seduções deste deus e a apostasia foi geral. Eis a surpresa: em vez das esperadas chuvas houve uma seca prolongada e em lugar da abundância de alimentos, a carestia. Para Israel, como para todos os povos antigos, a riqueza material era considerada como uma bênção de Deus. Deus abençoa os que partilham os seus próprios bens. A tendência arraigada do coração do homem não é a de distribuir, mas a de acumular a riqueza para usá-la para suas satisfações egoístas. A Palavra de Deus propõe o desapego, não porque os bens materiais sejam ruins em si mesmos, mas porque só quando são partilhados, quando são colocados à disposição de todos é que realizam o objetivo pelo qual foram criados.

Segunda leitura: Hebreus 9: O trecho de hoje nos apresenta dois motivos pelos quais Jesus deve ser considerado como o único verdadeiro sacerdote. Os sacerdotes antigos, nos diz a leitura, ofereciam os seus sacrifícios num templo material, construído de pedras. Cristo, ao contrário, cumpre o seu ministério no céu, num santuário não construído pelas mãos do homem.

Evangelho: Marcos 12: O evangelho de hoje se divide em duas partes. A primeira nos apresenta o julgamento de Jesus sobres as pessoas mais respeitáveis da sociedade judaica do seu tempo: os escribas. A segunda contém o exemplo de um comportamento oposto: o gesto generoso de uma viúva. O que tinha Jesus para verberar contra os escribas? Acima de tudo não tolerava a vaidade, a ambição e a jactância de se sentirem superiores aos demais. Não era só pecado de vaidade que Jesus condenava nos escribas. Eles cometiam um pecado mais grave ainda: “dilapidavam as casas das viúvas”. A segunda parte do evangelho (vv.41-44) apresenta um exemplo de religiosidade autêntica: uma pobre viúva que liberta o seu coração dos bens deste mundo e doa tudo o que tem. A primeira lição, a mais simples e imediata é de humildade: a viúva merece o elogio de Jesus porque cumpriu o seu gesto sem despertar a atenção de ninguém, sem querer aparecer.

 

Monsenhor José Geraldo Segantin
Pároco da Igreja de Santo Antônio e vigário geral da Diocese -segantin@comerciodafranca.com.br 
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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