Pão da solidariedade

No mundo existiu sempre fome. Muitas pessoas sofrem com a vida miserável. Na Palavra proclamada nas missas Deus

29/07/2018 | Tempo de leitura: 2 min

No mundo existiu sempre fome. Muitas pessoas sofrem com a vida miserável. Na Palavra proclamada nas missas Deus vem nos falar sobre a necessidade da partilha. Ele desperta o valor da solidariedade.
 
Primeira leitura: IIº Livro dos Reis 4: Em Israel o povo tinha o costume de comer somente uma vez por dia, ao entardecer, depois do pôr-do-sol, quando os homens voltavam do trabalho no campo. Qual era o sonho dos pobres da terra de Israel? Poder comer como os ricos... três vezes por dia! A leitura de hoje nos ensina que Deus não multiplica os pães do nada. Antes encontramos o gesto generoso de um homem de Baalsalisa que oferece o fruto do seu trabalho e ainda a decisão de Eliseu de partilhar o dom recebido com todos os que se encontram necessitados. Não será este também para nosso dias o caminho a ser seguido para resolver os problemas da fome no mundo?
 
Segunda leitura: Efésios 4: Com essa passagem começa a parte da Carta aos Efésios dedicada às exortações que dizem respeito á vida dos cristãos. Eles são estimulados antes de mais nada a serem humildes, esta palavra, porém, não significa desprezíveis, inúteis, mas pessoas dispostas a se colocarem à serviço dos irmãos. Devem também comportar-se com mansidão e paciência, suportando-se mutuamente com caridade.
 
Evangelho João 6: A começar de hoje e durante cinco domingos consecutivos interrompe-se a leitura do Evangelho de Marcos e é proposto o capítulo 6º do Evangelho de João, no qual, depois da narrativa da multiplicação dos pães, é relatado o longo e famoso discurso de Jesus na sinagoga de Cafarnaum sobre o pão da vida. Entre todos os milagres operados por Jesus, nenhum é narrado tantas vezes nos evangelhos como o da multiplicação dos pães. O pão oferecido às multidões é de cevada. Era o alimento dos pobres. Os ricos comiam pão de trigo. Eis o que Jesus quer dizer com o seu gesto: chegou a hora de festejar porque o reino no qual haverá abundância de pão para os pobres já começou: “tomou os pães e os distribuiu, quanto quisessem”. Quando terá início este mundo no qual haverá pão para todos? O egoísmo, a preocupação exclusiva por si mesmo e por suas próprias necessidades, é exatamente, o contrário da proposta cristã. Os discípulos de Cristo não podem partir em comunhão o pão eucarístico se não estiverem dispostos a partilhar com os irmãos também o pão material.
 
Monsenhor José Geraldo Segantin
Pároco da Igreja de Santo Antônio e vigário geral da Diocese -segantin@comerciodafranca.com.br 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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