
A década de 1990 marcou o início do que se pode chamar de a “era moderna” do Comércio da Franca. Nesse período, em 1992, o jornal passou a circular com dois cadernos, sendo um local e notícias nacionais e outro, dedicado aos classificados.
Foi nessa época que o jornal passou a adquirir pacotes de notícias da Agência Estado como forma de ampliar a oferta de informações a seus leitores. Para se ter uma ideia de como a infraestrutura era muito diferente do que temos hoje, as fotos, em preto e branco, eram enviadas de São Paulo para Franca pelos Correios.
A fase digital estava apenas no começo. No dia a dia, até por questões de economia, fotógrafos tinham que buscar uma maneira de retratar as notícias tirando o mínimo de fotografias possível, até que, em 1995, o Comércio adquiriu a sua primeira câmera fotográfica digital.
Até então, imagens de personalidades, como políticos, por exemplo, sempre usadas nas edições, mantinham-se às mãos dos editores afixadas na parede da redação. A chegada da fotografia digital revolucionou o cotidiano jornalístico em todos os segmentos e no Comércio não foi diferente. A possibilidade de se fazer mais fotogramas, registrar a notícia sem a preocupação com os custos que isso implicava e até mesmo os formatos de arquivamento seduziram todos os profissionais do jornal.
Os primeiros computadores adquiridos foram modelos XT 86, com monitor de fósforo laranja, e dois 286 SX. Não funcionavam em rede e, portanto, não conversavam entre si porque os sistemas operacionais da época não permitiam esse recurso.
Em tempos onde os sistemas de armazenamento estão operando nas nuvens e na casa dos terabytes, é até engraçado notar que os disquetes de 5 ¼ polegadas permitiam gravar 256 kbytes de arquivo, o que corresponde ao tamanho de uma fotografia em baixa resolução atualmente.
Os computadores permitiram que o Comércio começasse a esboçar novos projetos. Em 1996, com as máquinas já interligadas, alguns desenhos de páginas visando uma remodelação do layout do jornal foram testados. Dessa forma, as edições começaram a circular com 14 páginas no caderno Local, separadamente dos classificados.
No ano de 1996, o Comércio passa definitivamente a circular em cadernos e novos repórteres foram contratados. Apesar do avanço tecnológico possível naquele tempo, mecanismos praticamente artesanais, como a tituleira, um equipamento necessário para alinhar os títulos das reportagens separadamente do corpo da notícia, ainda continuava sendo usada.
A tecnologia, que vai avançando, permite dispensar os pestapistas do jornal e o processo mecânico de montagem das páginas chega ao fim. Dali em diante, todas as fases são feitas em computador, responsáveis por definir as páginas, com tamanho e diagramação das matérias.
A partir de 1997, o que pode ser considerada a mãe da internet chega à redação do Comércio. Ainda muito limitada, a BBS (Brodcasting Board System) permite o recebimento de notícias via computador, mas não havia a possibilidade de pesquisas como hoje. O passo seguinte à BBS foi assinar o Renpac (Rede Nacional de Pacotes), fornecida pela Embratel, o máximo de evolução que se podia alcançar naquele momento.
Em 1998, o Comércio tinha uma página na internet - sem domínio próprio - e um endereço de email disponível para contato.
A internet tão esperada viria acompanhada de um alto custo, lembrando que as linhas de acesso eram discadas, empregando a disponibilidade de uma ligação telefônica. O custo disso era grande, o que limitava seu uso.
Apenas em 2001 o jornal conseguiu colocar em funcionamento o seu projeto de internet em rede, ampliando a oferta de informação para os repórteres e permitindo que todas as máquinas ficassem interligadas.
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