
Os primeiros espelhos foram as poças de água e o leito dos rios. O modelo mais antigo fabricado pelo homem tem oito mil anos. Ele foi encontrado na Turquia, no meio de escavações. Era feito de uma pedra parecida com vidro, chamada obsidiana. Povos daquela região do mundo, como Iraque, Líbano e Irã, desenvolveram um pouco mais tarde espelhos feitos a partir de placas de metal. O tipo mais parecido com o que hoje conhecemos era feito com uma lâmina plana de vidro recoberta por uma mistura metálica. Surgiu em Veneza no século XV, por volta de 1470.
E quem é este Narciso que está aí no título? O que ele tem a ver com espelhos? Vamos explicar. Narciso era um jovem belo e orgulhoso. Ele era filho do deus Cefiso e da deusa Liríope. Quando completou 15 anos, sua mãe consultou o adivinho Tirésias para saber se o filho teria longa vida. Então, foi-lhe profetizado que Narciso jamais poderia ver o seu reflexo, caso contrário, morreria. Todos o vigiavam para que não chegasse à beira de um lago e se olhasse. Mas acontece que um dia ele burlou a vigilância e ao olhar-se nas águas de um lago, enamorou-se de si mesmo, pois como dissemos, era muito bonito. Já pensou, que vaidoso? Apaixonado por si, sentou-se nas margens do rio a admirar o próprio reflexo. Ficou hipnotizado, caiu nas águas e morreu. Com pena, as deusas construíram-lhe uma mortalha para que ele fosse enterrado dignamente. Porém, quando foram buscar seu corpo, somente avistaram uma flor, a que deram o nome de narciso.
De Narciso vem a palavra narcisista, que significa “aquele que é voltado para si mesmo, que não consegue olhar para os outros, que é muito egoísta”.
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