
A Rede Mário Gatti de Urgência e Emergência, em Campinas, registrou o extravio de 14.071 itens entre junho de 2024 e junho de 2025, com um prejuízo estimado de R$ 667.165,70. O levantamento foi feito pela equipe de supervisão de informação da rede, com base nos relatórios de gestores e coordenadores de manutenção e rouparia.
O item mais extraviado foi o lençol hospitalar, com 8.882 unidades, seguido de 2.089 camisolas, 1.847 toalhas de banho e 410 cobertores. Entre os objetos furtados de banheiros, chamam atenção as 564 torneiras e 124 assentos sanitários levados das unidades.
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Os dados referem-se aos hospitais Mário Gatti e Ouro Verde, além das UPAs Carlos Lourenço, São José, Campo Grande e Padre Anchieta. A rede informa que possui plano de reposição, mas que o ritmo de evasão supera a capacidade de reposição dos itens, dificultada pela burocracia nos processos de justificativa e compra.
A situação afeta diretamente a qualidade do atendimento e a experiência dos usuários do sistema público. “É um recurso público que está sendo desperdiçado, prejudicando quem mais precisa”, alertam os responsáveis pelo levantamento.
Campanha “Mãos que Cuidam”
Para enfrentar o problema, o Setor de Humanização da Rede Mário Gatti desenvolveu o projeto Mãos que Cuidam, com o objetivo de conscientizar usuários sobre a importância de preservar os bens públicos nas unidades de saúde. O foco está no fortalecimento do senso de pertencimento, corresponsabilidade e cuidado com os espaços.
As ações previstas incluem dinâmicas participativas, atividades integrativas e estímulo à conservação de materiais, estruturas e equipamentos médicos e não médicos.
O projeto busca reforçar a cultura de respeito ao espaço público e garantir a sustentabilidade e a qualidade do atendimento hospitalar.