A Unicamp aprovou, nesta terça-feira (10), uma série de reajustes e novos benefícios para seus servidores, mesmo diante da previsão de um déficit orçamentário de R$ 369 milhões em 2025. As medidas incluem o aumento de 37,32% no vale-alimentação, que passará de R$ 1.420 para R$ 1.950 a partir de janeiro, além da criação de um auxílio-saúde de até R$ 900 para pagamento de planos de saúde.

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As mudanças foram deliberadas durante a reunião do Conselho Universitário (Consu), que também definiu a concessão de um vale-alimentação extraordinário de Natal, no valor de R$ 1.420, creditado em dezembro deste ano. Para 2025, o custo adicional dos benefícios será de R$ 170 milhões.

Além disso, o orçamento destinado à progressão de carreira dos servidores será ampliado em 20%, passando de R$ 45 milhões para R$ 54 milhões. Para os trabalhadores do Programa de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Paepe), os valores sobem de R$ 21 milhões para R$ 25 milhões.

O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, destacou que as medidas fazem parte de uma política de valorização das carreiras. “Estamos promovendo melhorias contínuas na renda e na inclusão de nossos servidores. Este é um esforço alinhado à visão de gestão que prioriza o mérito e o fortalecimento institucional”, afirmou.

Apesar dos avanços, a decisão ocorre em um contexto de pressão financeira para a universidade. Com um orçamento aprovado de R$ 4,2 bilhões para 2025, a Unicamp prevê dificuldades para equilibrar as contas devido a aumentos de despesas com novos contratos e a contratação de pessoal. Mesmo assim, a gestão mantém a prioridade na melhoria das condições de trabalho e remuneração dos servidores.