POLÍTICA

Vereador aciona Conselho da APA do Batalha por proteção do rio

da Redação
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Junior Rodrigues critica distanciamento  do Conselho Gestor da APA
Junior Rodrigues critica distanciamento do Conselho Gestor da APA

O vereador Júnior Rodrigues (PSD), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Bauru, vai acionar formalmente o Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) Estadual do Rio Batalha para cobrar uma atuação mais presente e efetiva na recuperação e preservação das áreas de nascente do rio, responsável por parte expressiva do abastecimento público do município.

A iniciativa é resultado da primeira das três audiências públicas convocadas pelo parlamentar para debater a crise hídrica e os desafios da produção, preservação e distribuição de água em Bauru. O Conselho Gestor é a instância responsável pela administração da unidade de conservação e tem influência direta sobre terras que integram áreas de nascente do rio, mas que estão fora do território bauruense - cerca de 90% das 81 propriedades mapeadas.

De acordo com informações apresentadas pelo Fórum Pró-Batalha durante a audiência, a presidência do Conselho Gestor da APA está sediada em Botucatu e, atualmente, não mantém uma articulação efetiva com os municípios diretamente impactados pelo manancial, como Bauru, Agudos e Piratininga - em trechos do rio antes da lagoa de captação - e Avaí, depois da área de reservação.

"Enquanto a gente precisa de um projeto concreto para preservar o que ainda existe e recuperar as áreas de nascente para garantir a vida do rio, temos um Conselho Gestor distante, que deveria estar atuando em sintonia com as prefeituras, tanto na fiscalização quanto na promoção de ações ambientais. Existe também o fator dos investimentos do Estado. Vamos provocar essa mudança porque o Rio Batalha é estratégico para o futuro do abastecimento de Bauru", afirma o vereador.

O documento a ser encaminhado ao órgão gestor será elaborado pela Comissão de Meio Ambiente, com respaldo técnico do Fórum Pró-Batalha.

OUTRAS AÇÕES

Na mesma audiência pública, que abordou especificamente a captação superficial, o Departamento de Água e Esgoto (DAE) informou que, a médio prazo, o plano prevê a construção de uma adutora para trazer água de um novo ponto de captação do Rio Batalha, localizado cerca de 22 quilômetros à frente do atual. A contratação do projeto executivo já foi autorizada.

A autarquia também pretende adquirir uma máquina anfíbia para a manutenção permanente das margens do manancial. Além disso, está em processo de licitação o serviço de desassoreamento da lagoa de captação, que será realizado com o reservatório cheio. A obra deve durar cerca de seis meses.

Sobre esse ponto, Júnior Rodrigues destacou que a iniciativa é importante para ampliar a capacidade de reservação, mas alertou para o atraso no cronograma. "Tradicionalmente, entre abril e maio, o volume de chuvas já é menor. Esse atraso pode impactar diretamente nos níveis da lagoa", observou.

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