POLÍCIA

Criminosos lavavam dinheiro mofado do tráfico e secavam em varal

Folhapress
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Divulgação/Polícia Civil
Notas penduradas em varal no interior de um imóvel em Joinville (SC)
Notas penduradas em varal no interior de um imóvel em Joinville (SC)

Cédulas usadas em esquema de tráfico foram encontradas secando em um varal em Joinville (SC) nesta terça-feira (11) durante uma operação da Polícia Civil contra lavagem de dinheiro.

Os criminosos lavavam notas mofadas para tentar recolocá-las em circulação. Segundo o delegado Régis Stang, as cédulas ficaram guardadas por longos períodos em esconderijos e acabaram deterioradas pela umidade. "Algumas notas estavam sendo higienizadas pelo grupo para posterior colocação no comércio", afirmou.

Mais de R$ 400 mil em espécie, armas e veículos foram apreendidos durante a operação. A Polícia Civil também bloqueou contas bancárias de oito investigados e prendeu em flagrante um homem de 22 anos por posse ilegal de arma de fogo. Segundo a corporação, o grupo movimentou mais de R$ 10 milhões em bens móveis e imóveis em Santa Catarina e no Sudoeste do Paraná.

O grupo usava imóveis e veículos para disfarçar a origem do dinheiro do tráfico. A investigação aponta que os valores ilícitos eram ocultados em nome de terceiros para simular transações legais e mascarar a procedência das quantias obtidas com o comércio de drogas.

A Justiça bloqueou contas e impôs medidas para impedir que os suspeitos se desfaçam dos bens. Segundo a Polícia Civil, oito pessoas tiveram valores retidos durante a apuração. A quantia apreendida ainda está sendo contabilizada, e parte das investigações segue sob sigilo até a conclusão do inquérito.

Ordens judiciais

A operação cumpriu 20 ordens judiciais em quatro cidades de Santa Catarina. Entre elas estavam 14 mandados de busca e apreensão em São Lourenço do Oeste, Romelândia, Joinville e São Francisco do Sul. As medidas foram autorizadas pela Vara Regional de Garantias de Concórdia, no Oeste catarinense.

A operação envolveu delegacias de várias regiões do estado. A ação foi coordenada pela Delegacia de Investigações Criminais de São Lourenço do Oeste e contou com apoio da 28ª Delegacia Regional da Polícia Civil, da Polícia Militar, das DICs de Joinville e São Miguel do Oeste, da Delegacia de São Francisco do Sul e dos núcleos de operações com cães de São Lourenço do Oeste e Xaxerê.

Os nomes dos suspeitos não foram divulgados. Por isso, a reportagem não conseguiu contato com as defesas. O espaço segue aberto para manifestações.

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