A multinacional brasileira RAMAX-Group, com forte atuação na China, Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Líbano e outros mercados estratégicos, acaba de iniciar um novo ciclo de crescimento voltado para ampliar a sua presença nas Américas.
Trata-se de uma parceria com o Grupo Leste, gestora global de investimentos alternativos, para estruturação de linhas de crédito que podem alcançar até R$ 600 milhões por meio de private equity (PE) e estratégias de crédito estruturado. O objetivo é acelerar o plano de expansão da RAMAX-Group no mercado de carne bovina internacional.
Segundo Fabricio Bossle, sócio de Private Equity US do Grupo Leste, a multinacional brasileira reúne as características que buscam em suas parcerias: uma equipe empreendedora e um modelo de negócios com potencial de crescimento no setor do agronegócio, que é um dos pilares da economia brasileira e latino-americana. "O Brasil já é um dos maiores exportadores de carne do mundo e acreditamos que a RAMAX está pronta para conquistar seu espaço entre as gigantes do setor", afirmou.
A RAMAX-Group nasceu como uma trading, estruturando sua atuação diretamente na exportação, considerada a frente mais complexa e estratégica do setor. Após consolidar sua presença de negócios e conquistar relevância global, a companhia iniciou investimentos em produção própria para assegurar o abastecimento da demanda crescente.
Esse caminho inverso ao trilhado pelas maiores do segmento foi visto como um diferencial competitivo e inovador e foi determinante para atrair o olhar do Grupo Leste.
Atualmente, a companhia conta com cinco unidades frigoríficas no Brasil, localizadas nos estados de Mato Grosso, Pará, Goiás e São Paulo.
Com a parceria, a projeção é atingir receitas de cerca de até R$ 3 bilhões em 2025. Para 2026, a meta é ainda mais ousada, alcançar até R$ 7 bilhões aproximadamente, reforçando o seu compromisso de conectar produtores locais às demandas globais.
Segundo Magno Alexandre Gaia, CEO da RAMAX-Group, a prioridade é consolidar as operações atuais e, no momento adequado, realizar movimentos estratégicos que permitam ampliar ainda mais a relevância da companhia no setor.
"Essa parceria nos permitirá acelerar o que já vinha sendo construído: ampliar nossa presença internacional, consolidar operações no Brasil e fortalecer a relação com pecuaristas e fornecedores. A parceria nos dará estrutura e condições para transformar planos em resultados, reforçando a nossa operação sólida, transparente e alinhada com o futuro do agro brasileiro", disse.
Dados importantes
A parceria estratégica: A colaboração visa estruturar linhas de crédito de até R$ 600 milhões para a RAMAX-Group, acelerando o crescimento da empresa no setor de proteínas animais.
Expansão internacional: O acordo é fundamental para a RAMAX-Group expandir sua atuação em mercados como China, Estados Unidos e Oriente Médio.
Objetivos financeiros: A parceria tem como objetivo impulsionar a RAMAX-Group a alcançar receitas de até R(3bilhõesem2025eR) 7 bilhões em 2026.
Fortalecimento do setor: O acordo fortalece a relação da RAMAX-Group com pecuaristas e fornecedores, consolidando sua operação e a posição do Brasil como um player importante no mercado global de carne bovina.
Recorde de produção este ano
A exportação brasileira de carne bovina bateu recorde em setembro de 2025, atingindo 314,7 mil toneladas, um aumento de 25,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Este crescimento foi impulsionado pela diversificação de mercados, com aumento de embarques para o México e a contínua demanda da China, além do fortalecimento da cadeia de suprimentos global. O Brasil mantém-se como o maior exportador mundial de carne bovina, com o agronegócio respondendo por uma fatia significativa do PIB nacional.
Desempenho
Recorde em setembro de 2025: O Brasil exportou 314,7 mil toneladas de carne bovina, superando o recorde anterior de julho de 2025.
Crescimento acumulado: De janeiro a julho de 2025, o Brasil exportou 1,78 milhão de toneladas, gerando US$ 8,9 bilhões em receita.
Diversificação de mercados: A diversificação para destinos como México, União Europeia e Canadá tem sido crucial para o crescimento das exportações, especialmente após as tarifas impostas pelos EUA.
China como principal destino: A China continua sendo o maior comprador, respondendo por 44,9% do volume exportado entre janeiro e julho de 2025.
Novos mercados: A abertura de novos mercados, como o Vietnã, reforça a expansão brasileira no mercado asiático.