EM BAURU

DAE prevê que rodízio menor em 2025 irá assegurar água no Batalha

Por Tisa Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Cássia Peres
Presidente do DAE, João Carlos Viegas da Silva
Presidente do DAE, João Carlos Viegas da Silva

O Departamento de Água e Esgoto (DAE) inicia o rodízio no abastecimento de água nesta quinta-feira (28) em Bauru com a previsão de conseguir cumprir o cronograma estabelecido para distribuição do produto. Segundo a autarquia, a expectativa é de que não falte água na lagoa do Rio Batalha como no ano passado porque o racionamento está sendo adotado de forma antecipada e houve redução da área da cidade que depende exclusivamente do manancial.

Em 2025, os moradores atendidos pela Estação de Tratamento de Água (ETA) - correspondentes a 27% da população - foram divididos em dois grandes grupos, que receberão água em dias alternados. Nesta quinta-feira, será a vez da região da Vila Independência, Jardim Ouro Verde e Parque dos Sabiás e, na sexta, a da Vila Falcão, Vila Alto Paraíso e Vila Industrial.

Na noite desta terça-feira, o nível da represa de captação do Batalha estava em 2,22 metros, sendo o ideal 3,20 metros. Já em maio de 2024, quando o último racionamento foi adotado, estava em 1,78 metro.

Na época, o abastecimento foi dividido em três regiões, cada uma abastecida por 24 horas e sem água por 48 horas. Contudo, ainda naquele mês, moradores de bairros como Vila Falcão, Vila Pacífico e Alto Paraíso relataram ter ficado com torneiras secas por mais de uma semana, situação que gerou protestos, com queima de pneus e bloqueio de vias.

"O desconforto do ano passado, que foi bem expressivo, não será repetido. O rodízio que começa nesta quinta é preventivo, com o objetivo de garantir que vençamos essa estiagem até a primeira chuva, esperada no final de setembro. Não chegaremos ao estágio extremo de precisar desligar as bombas de captação", afirma o presidente do DAE, João Carlos Viegas da Silva, que assumiu o cargo há um mês.

INTERRUPÇÃO

Em setembro do ano passado, quando a lagoa chegou a críticos 1,29 metro, o DAE admitiu ter interrompido a captação de água em alguns momentos ao longo do racionamento devido à baixa velocidade com que o rio se recompunha. A medida foi oficializada no fim de outubro, com pausa de 8 horas entre os grupos com restrição no abastecimento. Somente com as chuvas, no início de novembro, o rodízio foi encerrado.

O DAE avalia que o cenário é bem menos crítico agora também porque a lagoa de captação do Batalha foi desassoreada. Além disso, o Jardim Bela Vista foi retirado do grupo de bairros submetidos ao rodízio devido a investimentos em interligações na rede de água.

Foram excluídos ainda o Centro e os Altos da Cidade, mas, como estes recebem reforço do sistema Batalha/ETA, poderão sofrer com alguma instabilidade no abastecimento. A autarquia informa que sua equipe está mobilizada para eventual aumento de pedidos por caminhão-pipa durante o período em que o racionamento vigorar.

"Posso garantir que quem nos procurar terá eficiência e resultado em curto prazo, dentro de uma escala de prioridades. Mas não tenho a expectativa de que haverá um contingente muito expressivo, principalmente se a população contribuir, evitando o desperdício de água em coisas supérfluas como lavar calçada, molhar jardim, lavar carro, tomar banho demorado. É algo essencial para termos sucesso até a próxima chuva", descreve Viegas.

Ele também pede para que os munícipes não armazenem água além do volume reservado nas caixas d'água dos próprios imóveis. "Isso ajuda a evitar que o abastecimento seja deficiente nas regiões mais altas. A população precisa ter tranquilidade e saber que estamos no domínio do que estamos fazendo".

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