A segurança pública da região de Araçatuba vai receber um reforço financeiro de R$ 3,5 milhões, valor proveniente de recursos apreendidos durante a Operação Raio X. Deflagrada em setembro de 2020 pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com apoio das polícias Civil e Militar, a operação desarticulou um grupo acusado de desviar recursos da saúde por meio de contratos de gestão firmados com organizações sociais em diversos municípios.
O anúncio foi feito na última quinta-feira (7), no auditório da Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Araçatuba, com a presença do secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, do delegado-geral de Polícia, Artur Dian, e do diretor do DEINTER 10, Mauro Gabriel. Também participaram promotores do GAECO, delegados que atuaram na operação e integrantes do DEINTER 10, reforçando a atuação conjunta que possibilitou a destinação dos recursos.
O acordo, firmado por meio do Núcleo de Recuperação de Ativos (Recupera-SP), prevê que os valores apreendidos sejam direcionados ao Fundo de Incentivo à Segurança Pública (FISP), onde permanecerão até o trânsito em julgado do processo contra os envolvidos. Há possibilidade de novos repasses, que podem chegar a R$ 20 milhões, oriundos de valores ainda bloqueados da mesma quadrilha.
Os recursos poderão ser usados na reforma e construção de delegacias, batalhões, quartéis do Corpo de Bombeiros e Institutos Médico-Legal (IML), além da compra de armas, coletes à prova de balas, computadores e softwares especializados. Também estão previstos investimentos em cursos de capacitação e programas que aprimorem a investigação policial e a atuação do Ministério Público.
Segundo o MPSP, a destinação de valores oriundos do crime organizado para a segurança pública representa um avanço na estratégia de enfraquecimento financeiro desses grupos, revertendo o dinheiro ilícito em benefícios diretos para a sociedade.