POLÍTICA

Entrelinhas

da Redação
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Operação 1

A operação deflagrada nesta quinta-feira (7) em Bauru (leia mais na pág. 3) reacende o debate sobre a evidente necessidade de que verbas repassadas ao terceiro setor - uma área mais do que importante à manutenção de políticas que a administração direta não consegue exercer - tenham amplo escrutínio público.

Operação 2

É bom frisar que neste momento não há nenhuma menção a qualquer agente público municipal envolvido no caso. Mas é bom também frisar que desvios somente acontecem porque há alguma omissão - do poder público, das autoridades competentes e do próprio controle social.

Contexto

Sabe-se até aqui que há indícios de desvios milionários em contratos que, somados, superam R$ 1,6 bilhão. E que a suspeita é de que dirigentes da organização social (OS) Mahatma Ghandi operavam através de laranjas em empresas de fachada para garantir que o recurso público fosse dilapidado para cair nas mãos dos envolvidos.

Necessidade

Fato, contudo, é que a mesma OS já havia enfrentado problemas no Rio de Janeiro. Agora, vê-se em novo escândalo com uma suspeita bilionária de desvios. Mudam-se os rostos, permanece o problema. Daí a necessidade de se ter ampla transparência sobre a utilização desses recursos que, embora tratados por muitos como se particulares fossem, são públicos.

Ação urgente

Nesse aspecto, revela-se imperioso que a Câmara de Bauru enfim se debruce sobre um projeto do vereador Arnaldo Ribeiro (Avante) que amplia a transparência sobre os recursos ao terceiro setor. Sendo o caso, como defende Estela Almagro (PT), até melhorar o texto. O cidadão brasileiro não aguenta mais notícias quase que diárias sobre esquemas que drenam seus próprios impostos para fins criminosos.

Meia-volta

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) cumpre agenda neste sábado (9) em Agudos, para participar da formatura do Programa Caminho da Capacitação. A solenidade começa às 10h. É a segunda vez neste ano que o governador vem à região - a última foi em Lençóis Paulista. Especula-se nos bastidores da política que Tarcísio estaria evitando Bauru e o próprio governo municipal, que, por sua vez, garante que a relação é mais do que amistosa com o Palácio dos Bandeirantes.

Só dia 5

Um complemento à nota publicada por esta coluna sobre a licença do vereador Mané Losila (MDB): o afastamento temporário começa somente dia 5. O emedebista deve viajar aos Estados Unidos para compromissos particulares.

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