33,4% MENOR

Inverno chuvoso reduz casos de incêndio em vegetação em Bauru

da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/Defesa Civil
Integrante da Defesa Civil no combate a incêndio em Bauru
Integrante da Defesa Civil no combate a incêndio em Bauru

Bauru registrou queda no número de ocorrências de incêndio em vegetação em 2025. Segundo o Corpo de Bombeiros, foram 440 casos no primeiro semestre, volume 33,4% menor que os 661 focos contabilizados no mesmo período do ano passado. O resultado está alinhado à tendência de decréscimo no número de ocorrências em todo o Estado.

Segundo o Banco de Dados de Queimadas (BDQueimadas), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de janeiro a junho, foram detectados 295 focos de incêndios florestais no território paulista, sendo um em Bauru. Já no primeiro semestre de 2024, foram observados 1.299 casos, dez deles na cidade.

O inverno com mais nebulosidade e chuvas é apontado como um dos motivos do resultado, por reduzir as condições climáticas favoráveis à propagação de fogo. Em Bauru, por exemplo, foram 118,4 milímetros de precipitações em junho de 2025, o maior volume para o período em 13 anos.

A queda dos focos de incêndio, no entanto, também ocorre em um momento de ampliação das ações do governo de São Paulo no combate e prevenção a queimadas com a Operação SP Sem Fogo. A ação é uma parceria entre as Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Segurança Pública e Defesa Civil do Estado.

Ao todo, são monitorados 1,7 milhão de hectares de plantios comerciais de árvores cultivadas e de vegetação nativa protegida em unidades de conservação em Bauru, Botucatu, Brotas e outras dez regiões. A medida foi adotada para ampliar a resposta e evitar crises como a do ano passado, que registrou o maior número de incêndios dos últimos dez anos. A operação está na fase vermelha, que vai de junho a outubro, sendo que os meses mais críticos de estiagem são agosto e setembro.

VIGILÂNCIA

Ao todo, 69 torres de vigilância e câmeras de alta definição tornam possível detectar os focos de incêndio em tempo real e evitar incêndios de grandes proporções. Além do monitoramento, as equipes mantêm comunicação com comunidades vizinhas e rurais para obter informações em caso de intercorrências.

Por meio da Sala SP Sem Fogo no Centro de Gerenciamento de Emergências, também são monitoradas a direção dos ventos e a umidade relativa do ar. Também foi implementado um sistema de alerta georreferenciado, que envia notificações automáticas quando focos surgem próximos a unidades de conservação, informa texto enviado pela assessoria de comunicação da Semil.

"A redução dos incêndios florestais reflete o trabalho estratégico e integrado da secretaria, com apoio da Fundação Florestal. Ampliamos investimentos em tecnologia, equipes treinadas, gestão territorial e endurecemos a legislação ambiental para coibir práticas ilegais. Também avançamos na proteção da fauna com protocolos inéditos de resgate", afirma a titular da Semil, Natália Resende.

De acordo com a pasta, os incêndios florestais são mais comuns em áreas naturais, sendo que 90% das ocorrências são provocadas por ações humanas de maneira acidental ou intencional, com uso irregular do fogo em pastos, soltura de balões ou a queima de lixo, por exemplo.

Comentários

Comentários