'PERSEGUIÇÃO'

O sistema não me quer preso, me quer morto, afirma Bolsonaro

Por | da Redação
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Reprodução/Foto Antônio Cruz / Agência Brasil
“Eu preso vou dar problemas para eles. Eu não sou suicida, mas não tenho medo da morte”, disse.
“Eu preso vou dar problemas para eles. Eu não sou suicida, mas não tenho medo da morte”, disse.

Ao comentar a nova operação da Polícia Federal deflagrada nesta sexta-feira (18), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não é apenas alvo de perseguição política, mas que sua vida estaria na mira de um sistema que, segundo ele, prefere vê-lo morto do que preso. “O sistema não me quer preso. O sistema me quer morto”, declarou em entrevista à agência Reuters.

Bolsonaro afirmou que não teme morrer. “Já passei pela morte mergulhando, saltando de paraquedas e na facada”, disse, referindo-se ao atentado sofrido em 2018. “Eu preso vou dar problemas para eles. Eu não sou suicida, mas não tenho medo da morte”, completou.

Leia mais: Bolsonaro confessou obstrução de Justiça, diz Moraes

A fala ocorre no mesmo dia em que a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de Bolsonaro, no Jardim Botânico (DF), e em seu escritório político na sede do PL. A operação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), integra a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Na residência do ex-presidente, a PF apreendeu um celular, dinheiro em espécie e um pen drive. Bolsonaro alegou desconhecer o dispositivo e chegou a sugerir que ele poderia ter sido plantado por alguém: “Nunca vi aquele pen drive. Nem laptop eu tenho em casa”. Depois, voltou atrás e afirmou: “Não estou sugerindo nada. Vou perguntar pra minha mulher se o pen drive é dela”.

Além das buscas, Moraes determinou que Bolsonaro use tornozeleira eletrônica e o proibiu de acessar redes sociais, manter contato com diplomatas, se aproximar de embaixadas e falar com o filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos. O ex-presidente classificou a imposição da tornozeleira como “uma suprema humilhação”.

Bolsonaro reafirmou que se sente perseguido politicamente e negou envolvimento com qualquer articulação golpista. Segundo ele, sua atuação política é legítima e sua intenção é “defender a democracia”.

Comentários

1 Comentários

  • RONALDO 18/07/2025
    Fica tranquilo que depois da tornozeleira vem as grades.