O relatório preliminar divulgado pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) nesta quinta-feira, 17, revelou que a aeronave que caiu em 1º de julho realizou uma manobra em baixa altitude pouco antes de perder o controle e colidir com o solo. O acidente, que tirou a vida de duas pessoas, ocorreu na zona rural de São José do Rio Preto.
Segundo o documento, a proximidade do solo no momento da manobra comprometeu a estabilidade do voo, provocando a queda. A aeronave, modelo CAP-4 Paulistinha, de matrícula PP-RDJ, pertence ao aeroclube local e estava com a documentação em dia para operações de instrução privada.
O avião havia decolado às 11h43 do Aeroporto Estadual Eribelto Manoel Reino e caiu minutos depois, por volta das 11h50, em uma área próxima à Estrada Municipal José Domingues Netto. Imagens registradas por testemunhas captaram o exato momento da queda. O impacto foi fatal para o instrutor de voo, Abner Oliveira, de 41 anos, e o aluno Felipe Coiado, de 23. Ambos morreram ainda no local com politraumatismo.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros atenderam a ocorrência com várias equipes. Apesar da gravidade do acidente, não houve explosão nem vazamento de combustível.
Outro dado relevante é que o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) da aeronave expirava justamente no dia do acidente. O documento, obrigatório e emitido pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), atesta as condições de segurança da aeronave — e até aquele momento, estava válido.
A Força Aérea Brasileira confirmou que equipes do Seripa IV (Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) estiveram no local para dar início à apuração dos fatos. Os corpos das vítimas foram sepultados nos dias seguintes, em Potirendaba e São José do Rio Preto.