ATITUDE

Curiosidade matou o namoro


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Uma especialista em relacionamentos e comportamento humano ouvida pelo jornal La Nacion revelou o que nunca se deve perguntar em um primeiro encontro se a sua intenção for criar uma conexão real.

Causar uma boa impressão é essencial em qualquer tipo de relação - seja ao buscar um parceiro amoroso, uma amizade ou uma oportunidade profissional - e, por isso, certos temas devem ser evitados.

A especialista em comunicação não verbal e pesquisadora do comportamento humano Vanessa Van Edwards alertou: dificilmente há uma segunda chance para causar uma boa primeira impressão.

Segundo ela, se a intenção é parecer interessante, inteligente e autêntico, é preciso escolher com cuidado as palavras para que os outros entendam suas verdadeiras intenções.

Para Van Edwards, uma das perguntas que jamais devem ser feitas logo no início é: "Com o que você trabalha?".

Embora pareça uma maneira simples de descobrir como a pessoa ocupa seu tempo, a especialista afirma que essa pergunta pode destruir uma conversa interessante.

"Pare de perguntar 'Com o que você trabalha?', pare de dizer 'Como você está?' ou 'Como vão as coisas?'. Se você fizer esse tipo de pergunta, é claro que a conversa não vai fluir, são as perguntas mais entediantes que existem", disse Edwards ao La Nacion.

Ela propôs um desafio: passar 30 dias sem perguntar "Com o que você trabalha?". Segundo a especialista, essa pergunta pode soar rude - sem que você perceba - e comprometer suas chances de conquistar alguém.

Edwards explica que, na prática, ao perguntar isso, você pode estar comunicando: "Quanto você vale?". Em vez disso, sugere abordagens mais abertas e envolventes, como: "Você está trabalhando em algo empolgante ultimamente?".

Essa forma de perguntar cria uma "conexão com permissão". "Isso também rende bons ganchos para uma próxima conversa", explicou.

"Você pode dizer: 'E aí, como está indo aquele projeto que parecia tão empolgante?'". Outra pergunta que ela recomenda para aprofundar a conexão é: "Qual é o seu maior objetivo no momento?".

Edwards é autora de livros sobre como ser uma pessoa cativante e sobre a linguagem secreta da comunicação carismática.

Seu canal no YouTube tem mais de 1 milhão de inscritos e ultrapassa 66 milhões de visualizações. A especialista estuda como gestos, expressões faciais, tom de voz e linguagem corporal afetam a forma como somos percebidos.

Solidão e isolamento social podem ser fatais

Cerca de uma a cada seis pessoas no mundo (16%) relata sentir solidão. É o que mostra um novo relatório global da comissão da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre Conexão Social, divulgado nesta semana.

O documento destaca os impactos "significativos na saúde e no bem-estar" e associa a solidão e o isolamento social a mais de 871 mil mortes por ano, cem a cada hora.

Para Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, nesta era em que as possibilidades de se conectar são infinitas, cada vez mais pessoas estão se sentindo isoladas e solitárias.

"Além do impacto que isso causa em indivíduos, famílias e comunidades, se não forem enfrentados, a solidão e o isolamento social continuarão a custar bilhões à sociedade em termos de saúde, educação e emprego", diz ele, em nota.

A OMS define conexão social como as maneiras pelas quais as pessoas se relacionam e interagem umas com as outras.

Ter poucas conexões é definido como isolamento social. Já a solidão é descrita como um sentimento doloroso que surge de uma lacuna entre as conexões sociais desejadas e as reais almejadas pelas pessoas.

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