REABERTURA

'Novo grupamento agilizará operações dos Bombeiros', diz major

Por André Fleury Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Bruno Freitas/JC
Major Edson Winckler Filho durante entrevista ao JC na última terça-feira (8)
Major Edson Winckler Filho durante entrevista ao JC na última terça-feira (8)

A implementação do 12º Grupamento de Bombeiros em Bauru fortalece a estrutura da corporação na região e dá mais agilidade às operações e aos processos administrativos. A avaliação é do major Edson Winckler Filho, comandante interino do órgão até que o indicado, major Kato, assuma a função - medida prevista ainda para este mês.

"Agora, as demandas de Bauru e cidades próximas são encaminhadas diretamente ao comando em São Paulo. Isso encurta caminhos e melhora o suporte às equipes", afirma.

O Grupamento em Bauru foi desativado em 2020 pelo então governador João Doria em comunicado que, na época, chegou a sinalizar para a possibilidade de reabertura futura.

A reabertura veio - e mexeu também nas cidades da região. Santa Cruz do Rio Pardo e Ourinhos passaram a integrar o subgrupamento subordinado a Bauru. Paralelamente, foi criado o subgrupamento de Jaú, que responde por Pederneiras, Lençóis Paulista, Bariri e Cabrália Paulista.

Segundo o major, a ativação do 12.º Grupamento também elimina deslocamentos para treinamentos e reuniões, o que contribui para a economia de recursos e tempo, salienta.

Ao todo, o 12º GB cobre 10 municípios e reúne 12 estações operacionais, três das quais em Bauru: uma na Vila Falcão, outra na Zona Sul e uma terceira no Distrito Industrial. A sede do comando está na Vila Aviação, atrás do aeródromo municipal.

O retorno da sede ocorre em momento de atenção crescente a eventos climáticos extremos, como secas e queimadas, embora Bauru tenha sofrido proporcionalmente menos com a estiagem neste inverno na comparação com o ano passado.

De qualquer forma, salienta o major, "já estamos em operação com reforço no efetivo administrativo, em regime de prontidão, para atuar nas ocorrências típicas da estiagem. No ano passado o cenário foi bastante crítico", relembra.

Com 21 anos de carreira, Winckler viu de perto mudanças profundas na rotina da corporação e na de seus combatentes - especialmente no que diz respeito às tecnologias. Equipamentos mais leves e elétricos substituíram sistemas antigos à base de mangueiras e motobombas. Os bombeiros também testam o uso de drones para combate a incêndios em prédios altos. "Buscamos cada vez mais eficiência e rapidez", diz.

Winckler carrega consigo uma bagagem de duas décadas no Corpo de Bombeiros. Atuou em grandes tragédias, a exemplo do acidente de ônibus em Taguaí, em 2020, que deixou 41 vítimas fatais. Neste caso, afirma, profissionalismo é fundamental. "Em situações com múltiplas vítimas, precisamos aplicar o método de triagem para focar em quem ainda pode ser salvo. É difícil, mas necessário", afirma.

Promovido a major no fim de maio, a indicação de seu nome ao comando interino do 12.º Grupamento não deixa de ser simbólica a Winckler, que trabalhou em Bauru durante anos. "Conheço a realidade daqui. É uma satisfação poder contribuir para essa nova fase, com foco em estrutura, preparo e excelência no atendimento à população", menciona.

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