SAÚDE

Semana Mundial da Alergia alerta para riscos da anafilaxia


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Divulgação
Médica Daniela Rigotto, cooperada da Unimed Bauru
Médica Daniela Rigotto, cooperada da Unimed Bauru

De 29 de junho a 5 de julho, a Organização Mundial de Alergia (WAO) promove a Semana Mundial da Alergia 2025, com foco na anafilaxia, uma reação alérgica grave, de início súbito, que pode ser fatal, se não tratada rapidamente. O lema da campanha deste ano é claro e direto: "Anafilaxia - Informação Salva!"

A proposta da campanha é aumentar a conscientização da população e dos profissionais de saúde sobre o reconhecimento precoce dos sintomas da anafilaxia, bem como suas causas e formas de prevenção. A reação pode afetar rapidamente múltiplos órgãos - como pele, pulmões, trato gastrointestinal e coração - e evoluir para o óbito em poucos minutos, caso não seja tratada com a urgência necessária.

Segundo dados internacionais, a anafilaxia pode acometer até 5% da população mundial ao longo da vida, com taxas de mortalidade entre 0,5% e 2% dos casos, especialmente quando há atraso na administração da adrenalina intramuscular, que é o único tratamento de primeira linha reconhecido pelas sociedades médicas.

As principais causas da anafilaxia incluem:

  • Alimentos (como amendoim, castanhas, leite, ovos, frutos do mar)
  • Medicamentos (como antibióticos e anti-inflamatórios)
  • Picadas de insetos (abelhas, vespas, formigas lava-pés)
  • Látex

Os sinais de alerta mais comuns são:

  • Coceira, urticária e inchaço (lábios, olhos, língua)
  • Rouquidão, chiado no peito, dificuldade para respirar
  • Náuseas, vômitos e dor abdominal
  • Queda da pressão arterial, tontura e desmaios
  • Parada respiratória ou cardíaca em casos mais graves

O que fazer diante de uma suspeita de anafilaxia?

  • Aplicar imediatamente adrenalina intramuscular (epinefrina)
  • Acionar o SAMU (192)
  • Manter o paciente deitado com pernas elevadas (se possível)
  • Evitar o uso isolado de anti-histamínicos ou corticoides - que não substituem a adrenalina
  • Encaminhar para observação hospitalar após a estabilização.

CRISE

A campanha também reforça a importância de ambientes como escolas, restaurantes, farmácias e serviços de saúde estarem preparados para reconhecer e agir diante de uma crise anafilática. Pacientes de risco devem ter acompanhamento com alergista e imunologista, receber orientação adequada, realizar testes específicos e, quando indicado, portar auto-injetores de adrenalina.

"A informação é a principal ferramenta para prevenir mortes por anafilaxia. Reconhecer os sinais e agir rápido pode fazer toda a diferença. Por isso, a Semana Mundial da Alergia é um chamado à ação para toda a sociedade", afirma Daniela Rigotto, médica alergista e imunologista.

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