
Com mais de 2 milhões de seguidores nas redes sociais, o padre Alessandro Campos, 43 anos, que é de Guaratinguetá, recebeu R$ 975 mil por três shows na Bahia, nas cidades de Barreiras, Itatim e Campo Formoso em junho, como aponta o Painel de Transparência do estado. Ele era uma das atrações das festas de São João da Bahia.
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O sacerdote de 43 anos, autor de livros, se tornou bastante conhecido por cantar músicas religiosas com a levada sertaneja. Ele nasceu em Guaratinguetá e demonstrou vontade de entrar no ramo aos sete anos, quando já brincava de ser padre ao ministrar missas fictícias em casa.
Alessandro se formou em Teologia no seminário Tabor, da Diocese de Mogi das Cruzes. Prestou serviço militar na Academia das Agulhas Negras (Resende) e foi ordenado padre em 2007, aos 24 anos. Atuou na Arquidiocese Militar até 2011, como capelão e tenente no Colégio Militar de Brasília, onde introduziu músicas sertanejas nas missas.
Em 2014, o padre retornou à Diocese de Mogi das Cruzes e recebeu a bênção do bispo Dom Luiz Stringhini para espalhar a palavra de Deus em shows e programas de rádio de televisão.
À sua imagem, Alessandro adicionou um chapéu e um cinto com fivela. Nas redes sociais, ele é bastante popular e conta com mais de 2,1 milhões de seguidores. Além de criar conteúdo para as redes, o padre escreveu livros e apresentou programas na TV.
Ele lançou seis álbuns de estúdio, entre eles "Fé na estrada", o último, lançado em 2021. Em 2014, foi o único brasileiro na lista dos 50 álbuns mais vendidos do mundo publicada pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica.
Também é apresentador e ficou à frente de programas religiosos como "Aparecida Sertaneja", da TV Aparecida, "Família Sertaneja", da Rede Vida, "Vem com fé", da Século 21, e "Festa sertaneja", da Gazeta, entre outros.
No Instagram, onde se intitula “o padre sertanejo do Brasil”, ele costuma compartilhar com seus mais de 2,1 milhões de seguidores registros de seus shows e suas pregações. "Que Deus te cure de toda doença do corpo e da alma, e que a paz d’Ele invada completamente o teu coração!", escreveu o religioso em post feito na semana passada, com mais de 4.700 curtidas.
Em 2021, ele teve uma crise com um ex-empresário, que o processou por uma suposta quebra de contrato e dívidas trabalhistas. Em entrevista ao Conversa com Bial (Globo), Alessandro falou sobre o assunto.
"O problema foi quando houve a confusão do sagrado com o profano. Sou o padre artista, e não o artista padre. Quando meu ex-empresário quis colocar o artista antes do padre, aí começamos a ter algumas dificuldades, que foram sanadas", disse.
O sacerdote não foi localizado para comentar o cachê dos shows na Bahia.
* Com informações do jornal O Globo e do site F5