A epidemia de dengue em Campinas segue avançando e já soma 11 mortes confirmadas em 2025, de acordo com novo boletim da Secretaria Municipal de Saúde. Com 8 novos óbitos registrados, o número total de casos confirmados também cresceu, alcançando 39.978 infecções, marca que torna este ano o quarto pior da série histórica na cidade.
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Segundo a pasta, todas as medidas de controle foram aplicadas nas áreas de residência das vítimas, incluindo controle de criadouros, busca ativa de sintomáticos e nebulização. A Secretaria reforça que o desfecho de cada caso depende da procura precoce por atendimento, manejo clínico adequado e fatores individuais de saúde, como presença de comorbidades.
Os novos óbitos envolvem cinco homens e três mulheres, com idades entre 41 e 84 anos, moradores das áreas de abrangência de diversos centros de saúde, como Esmeraldina, Vista Alegre, Aurélia, Guanabara, São Quirino, Sousas e São Bernardo. A maioria dos pacientes possuía comorbidades e foi atendida pela rede particular.
Entre as vítimas está uma mulher de 41 anos, sem doenças pré-existentes, atendida na rede pública e moradora da área do CS Esmeraldina. Ela teve os primeiros sintomas no dia 1º de abril e morreu cinco dias depois. Também chama atenção a morte de um homem de 67 anos, sem comorbidades, com evolução rápida do quadro: sintomas começaram em 7 de abril e o óbito ocorreu no dia 10.
Dois fatores explicam o avanço da epidemia na cidade: a circulação simultânea de três sorotipos do vírus da dengue pela primeira vez na história e as condições climáticas extremas, com ondas de calor sucessivas, que favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
A Secretaria de Saúde de Campinas reforça a necessidade de eliminar criadouros e buscar atendimento médico imediato ao surgimento dos primeiros sintomas, como febre alta, dor no corpo e manchas vermelhas na pele.