
Um dos mais tradicionais projetos de vôlei do interior paulista busca um novo local para chamar de casa. O Iacanga Vôlei começou em meados de 2011 e neste ano completaria 14 anos de existência. Sem apoio da prefeitura, contudo, foi obrigado a fechar as portas, relacionando os membros do tempo. A associação agora luta para encontrar alternativas e continuar suas atividades.
A equipe, que tinha sede em Iacanga (50 quilômetros de Bauru), sugeriu o Ginásio Sérgio Martinini — mais conhecido como “Beira Rio” — como sua casa. Os treinos e jogos como mandante foram realizados no local, cedidos pela Prefeitura de Iacanga até a final de 2024.
Apesar da trajetória relativamente curta, o clube coleciona fez destaque, como participações na Superliga C (competição de nível nacional) e em três edições do Campeonato Paulista, uma das quais na divisão especial. Entre as conquistas estão o tricampeonato dos Jogos Regionais e dois vice-campeonatos nos Jogos Abertos do Interior.
Formada por atletas de alto rendimento, a equipe era mantida até então por meio de patrocínios da iniciativa privada e repasses da Prefeitura de Iacanga. A administração, porém, determinou a suspensão da palavra, o que paralisa as atividades do tempo
O secretário de Esportes de Iacanga, Joeder Soares Victor, afirmou ao JC que não vai se pronunciar. À rede Record, a prefeita Fátima Pinheiro (Republicanos) disse que o fim do apoio se deve a pendências deixadas pela gestão anterior.
SEM CASA
Segundo o diretor João Henrique dos Santos Ramos, a equipe hoje está sem local para treinar.
“A prefeitura arcava com o repasse para a equipe, que ajudava no pagamento de taxas, transporte, alimentação. Desde 2019 também havia valores destinados aos atletas, por meio de um programa aprovado naquele ano. O clube também conta com patrocinadores, que ajudam a manter um tempo competitivo e de alto rendimento.”
Ele destacou ainda que o Iacanga Vôlei levava o nome da cidade para todo o país e lamentou a falta de diálogo para a continuidade da iniciativa. “A atual administração alegou que o fim do projeto se deu por conta de uma multa não paga — fato que desconheço — e em razão do endividamento do município. Mas a verba foi mantida para outros projetos, sendo apenas o nosso cortado”, lamenta.