
O escritor peruano Mario Vargas Llosa, vencedor do Nobel de Literatura em 2010, morreu neste domingo (13), aos 89 anos, em Lima. O falecimento foi comunicado por seus filhos, que informaram que o corpo será cremado e não haverá cerimônia pública.
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Autor de obras consagradas como Conversación en La Catedral, A cidade e os cachorros e A festa do bode, Vargas Llosa foi uma das figuras centrais do chamado “boom” da literatura latino-americana, ao lado de nomes como Gabriel García Márquez e Julio Cortázar. Com uma carreira marcada por romances, ensaios, artigos e intensa atuação pública, ele transitou entre o engajamento progressista da juventude e o liberalismo político na maturidade.
Vargas Llosa se despediu da ficção em 2023, com o romance Le dedico mi silencio, e encerrou sua colaboração como colunista do jornal El País dois meses depois. Mesmo longe das redes sociais, manteve-se como um dos intelectuais mais influentes do mundo hispânico.
Além da consagração literária, o autor também teve trajetória política: chegou a disputar a presidência do Peru em 1990, sendo derrotado por Alberto Fujimori. Foi membro da Real Academia Espanhola e, em 2021, ingressou na Académie Française, apesar de nunca ter publicado em francês.
Com estilo contundente e vocação para o debate, Vargas Llosa deixa um legado literário que transcende gerações e fronteiras.
*Com informações do El País