Em 2010, eu mais perdido que o habitual, queria fazer teatro. Huxley Ivens pediu uma bolsa para Thiago Neves, para eu fazer teatro. Até então, teatro, só em colégio e muito pouco.
Foi me concedida e estava numa fase ótima, apesar das demissões injustas na Cohab. E fui muito feliz ali aos sábados, uma turma de sinergia incrível. Depois eu sofri um acidente de moto na agrupa e nunca mais pude fazer esportes de médio e alto impactos(veio uma depressão forte). Com isso e outros problemas não apresentei a peça, em janeiro, pois vieram comorbidades.
Paulo e Thiago estavam ali pra tudo, no CCI na época e fiquei muito feliz de mudarem para um lugar que se tornou um grande ponto de encontro. Muitos. Muitas oficinas inesquecíveis também.
Que coragem, pois se no Brasil é dificílima essa carreira, imagina no interior. Lençóis Paulista tem a Bracell, que banca tudo. Bauru, empresas não bancam nada. O curso me serviu de base para fazer 6 curtas-metragens e algumas peças fora dali não saíram por motivos técnicos e de fofoca maldosa. Em 2019 fiz mais 6 meses de teatro, dublagem, curso de roteiro (meu forte) com o saudoso Fabrício Aro e em 2024 ganhei bolsa pelo Senac, mas um problema moderado de memória me fez sair, pois não conseguia decorar mais textos.
Paulo Neves, parabéns pelo que fez por Bauru, e seus filhos também, levando reflexão para milhares de pessoas, nas peças, ensaios, aulas e apresentações. A genética maravilhosa. Avante, o legado foi deixado e a missão muito bem cumprida. A arte realmente transforma, socializa. E seus filhos as leva muito bem, de agora em diante. Gratidão pela bolsa, pela base, pela essa arte dificílima que é o teatro.
E que Bauru se inspire nessa abertura e escolas se unam, sem egos, para o projeto continuar. Até!