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1ª Turma do STF torna Bolsonaro réu por tentativa de golpe

Por | da Redação
| Tempo de leitura: 1 min
Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, mais sete aliados tornaram-se réus
Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, mais sete aliados tornaram-se réus

Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria e tornou réu o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados por tentativa de golpe de Estado em 2022. Os cinco ministros votaram para aceitar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

O primeiro a votar foi o relator, ministro Alexandre de Moraes. Depois vieram os votos de Flávio Dino, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Agora, os acusados passarão a responder a um processo penal — que pode levar a condenações com penas de prisão.

Os ministros entenderam que o grupo seguiu um plano detalhado para interferir no processo sucessório, incluindo ataques ao sistema eleitoral e tentativas de mobilizar apoio militar para um decreto golpista.

É a primeira vez que um ex-presidente eleito é colocado no banco dos réus por crimes contra a ordem democrática estabelecida com a Constituição de 1988. Esses tipos de crime estão previstos nos Artigos 359-L (golpe de Estado) e 359-M (abolição do Estado Democrático de Direito) do Código Penal brasileiro.

“Não há então dúvidas de que a Procuradoria apontou elementos mais do que suficientes, razoáveis, de materialidade e autoria para o recebimento da denúncia contra Jair Messias Bolsonaro”, disse Moraes, relator do caso no Supremo, referindo-se à acusação apresentada no mês passado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.

O relator votou para que Bolsonaro também responda, na condição de réu no Supremo, aos crimes de organização criminosa armada, dano qualificado pelo emprego de violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. Se somadas, todas as penas superam os 30 anos de cadeia.

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