
O cacique Chicão Terena, da Aldeia Kopenoti, e Lilya Eloy, da Aldeia Tereguá, localizadas na Terra Indígena de Araribá, em Avaí (39 quilômetros de Bauru), integram grupo de trabalho do Comitê Indígena de Mudanças Climáticas. A dupla participa, desde a última terça-feira (18), de um seminário em Belém (PA), que segue até sábado (22).
O evento é organizado em parceria com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e organizações de base, incluindo a Articulação dos Povos Indígenas da Região Sudeste (Arpinsudeste), da qual as lideranças fazem parte.
Ele tem como objetivo discutir o tema das mudanças climáticas e quais as contribuições que os povos originários podem oferecer para combater e mitigar os impactos que afetam o mundo todo.
Durante o encontro, também está sendo articulado como será a participação dos povos indígenas na COP 30, que será sediada no Brasil, no final de 2025.
"Tais mudanças [climáticas] vem causando impactos significativos em escala global e afetam negativamente a biodiversidade, a qualidade de vida e a saúde das populações humanas, animais e das demais formas de vida: impactam todos os biomas e ecossistemas do planeta", explica Edenilson Sebastião, o Chicão Terena.
"A mitigação dessas mudanças envolve aspectos ambientais, sociais e econômicos e requerem um novo modo de pensar e de interagir com o mundo, baseado na sustentabilidade e na inclusão social, conforme nos ensinam os nossos ancestrais indígenas", complementa.