OPINIÃO

Morte de Juscelino Kubitschek

Por Adilson Roberto Gonçalves |
| Tempo de leitura: 1 min

Adoro jornalismo investigativo, desde que não seja baseado em teorias da conspiração. Acredito também que investigações policiais bem feitas, de forma isenta, têm condições de elucidar crimes e acontecimentos, ainda que possa haver implicações políticas e históricas importantes.

As circunstâncias da morte de Juscelino Kubitschek em 22 de agosto de 1976 são tão inusitadas, com modificação do veículo acidentado, alteração ou sumiço de laudos, ausência de autópsia certificada e um longo etc, que é difícil não considerar seriamente que tenha sido um atentado.

Espero que a provável reabertura das investigações consiga chegar a conclusões menos fantasiosas do que foram as narrativas até aqui.

A batida com o caminhão na direção contrária, vindo pela rodovia Dutra, pode ter sido o efeito colateral do suposto atentado, uma vez que seria praticamente impossível calcular o momento exato em que isso poderia acontecer.

Mas o acidente em si, que não foi por colisão com o ônibus de passageiros, é a questão a ser investigada. O que tirou o Opala de sua trajetória?

Por que tanto segredo, tanta ocultação, tanta pressão para versões, e por que a falta de autópsia às claras?

A dúvida é a mãe do saber e espero que conheçamos um pouco mais desse inusitado "acidente" em breve.

O autor é pesquisador na Unesp – Rio Claro.

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